Sociedade colombiana desata o nó de Clássico previsível
O assassino era o mordomo. O detetive Jackson Martínez e o assistente
James Rodríguez descobriram três pontos para o F.C.
Porto numa película previsível mas que não teve a
balança tão desequilibrada como o arranque portista ameaçou fazer.
Valeu
a magia colombiana num Clássico que não deixará
grandes marcas para o futuro. Aconteceu o que parecia evidente também
pelo
momento das duas equipas. Ganhou o F.C. Porto
(2-0).
Jackson, esse, foi um ator de luxo num filme banal. O
golo
que marcou e que decidiu a contenda vai correr
mundo. Fenomenal. Público rendido ainda nem dez minutos marcava o
cronómetro.
Danilo no passe, bola na coxa, calcanhar e golo.
Obra de arte, gritou-se. Mais uma desta bela descoberta portista no
campeonato
mexicano. O F.C. Porto tem ponta de lança este
ano. Os cinco golos na Liga, melhor registo até agora, são a prova disso
mesmo.
A verdade, contudo, é que o brilharete
de Jackson foi muito consentido pela linha defensiva sportinguista. Num
onze
com novidades, montado pelo interino Oceano, a
entrada em jogo do leão foi terrível. Mansinho, atarantado. Sem cabeça
para
um filme de suspense e afundado no medo de viver
uma noite de terror no Dragão.
Antes do golo, aliás, já Rui
Patrício
tinha evitado a festa num lance caricato, em que
Lucho assiste Jackson sem querer, depois de levar com uma bola chutada
por
Rojo. Jogo para esquecer do argentino, mais
tarde expulso. Era a face visível do nervosismo verde e branco.
Que
também era esperado. Já lá vão seis jornadas na
Liga e o Sporting continua sem rumo. Muda o treinador, mudam
drasticamente
as opções. Schaars foi titular a primeira vez.
Elias passou de preterido a capitão. Gelson foi do onze para a bancada e
levou
consigo Capel e Labyad. O Sporting voltava a
compor a manta. Mas por mais que a esticasse para um lado, acabava
sempre por
descobrir o outro.
O mais estranho nesta
película foi o alheamento portista depois do golo. Havia, praticamente,
um jogo pela frente, mas a equipa entrou num
clima errático que permitiu ao rival equilibrar sem ameaçar. O Sporting
terminou
a primeira parte sem rematar, embora Danilo
tenha evitado que Izmailov o fizesse na cara de Helton e Fernando tenha
impedido
que uma tentativa de Cedric chegasse à baliza.
Pouco, claro.
Penalty não, penalty sim
O filme
arrastou-se
após o intervalo. Iam valendo as pipocas para
apagar o nervosismo que só o resultado e o acumular de erros de parte a
parte
traziam. O maior, embrulhado em azar, pertenceu a
Lucho Gonzalez, que desperdiçou um penalty forçado por mão na bola de
Cedric.
Foi ao poste e o filme continuou a arrastar-se,
com a certeza de que só um «twist» de tirar o fôlego ainda o levaria
para
a rota dos prémios.
Vítor Pereira tentou
com Atsu, lançou Defour e viu Alex Sandro sair lesionado, depois de
Maicon
o ter feito na primeira parte. Terminou com dez.
Oceano voltou a fazer de Adrien um dez, experimentou Jeffrén e viu o
último
cartucho Viola esfumar-se com o 2-0, em mais um
penalty duvidoso, agora por suposto agarrão de Boulahrouz a Jackson.
James
acabou com a incerteza. Elementar.
E a
vida segue, como se disse. O F.C. Porto é líder outra vez, ao lado do
Benfica.
O Sporting tem um caminho mais árduo. Há um
treinador para descobrir, uma equipa para recuperar. E muitos, muitos
pontos que
precisam ser somados. Porque o 10º lugar nesta
altura não é só pouco condizente com o valor da equipa. É uma falta de
respeito
aos sportinguistas.
in "maisfutebol.iol.pt"
FC Porto 2-0 Sporting 1º Golo | SÓ GOLOS por Tugalgolotv
Sem comentários:
Enviar um comentário