Hulk está na fria Rússia mas não esquece os «quatro anos incríveis» que
viveu no FC Porto. O Incrível quer ser campeão na Rússia, crescer na
seleção brasileira e deixa palavras de agradecimento a Jesualdo
Ferreira, técnico muito importante no seu crescimento enquanto jogador.
Hulk saiu do Brasil com 18 anos, para jogar no Japão, depois de ter
cumprido poucos minutos como profissional no Brasileirão. «Foram 70 e
poucos minutos. A minha estreia foi contra o Fluminense, no Barradão,
quando eu entrei no segundo tempo e o outro foi contra o Internacional,
no Beira-Rio. Perdemos por 2x1, mas até que eu entrei bem», recorda o
Incrível, numa entrevista concedida ao portal da FIFA.
Hulk sabe que o facto de ter jogado tão pouco no Brasil diminui um
pouco o conhecimento dos seus compatriotas quanto ao futebol que
pratica. Por isso mesmo, demorou a chegar à seleção brasileira apesar de
nos últimos tempos já integrar com regularidade as escolhas do
selecionador Mano Menezes.
«Saí muito cedo e só fui conhecido no Brasil através do FC Porto e da
seleção. Mas sou feliz por essa passagem no Japão», recorda,
considerando que a sua presença no futebol asiático foi bastante
importante no seu crescimento.
«Passei três anos e meio no Japão e, depois de um primeiro ano de
adaptação, no segundo ano fui segundo melhor marcador da segunda
divisão, depois fui o primeiro... E então o meu empresário dizia que
tinha o sonho de me ver a jogar na Europa. Foi quando veio a
oportunidade de ir para o FC Porto, onde eu passei quatro anos incríveis
da minha vida».
Hulk chegou aos dragões com selo de craque na época 2008/09. O
internacional brasileiro, que mudou um pouco o seu posicionamento em
campo desde que chegou ao futebol europeu, recorda a importância do
então treinador do FC Porto. «Na Europa eu passei a jogar ainda mais
aberto. Só que também já atuei muito como avançado mesmo, pelo meio.
Sempre gostei de jogar por aquele lado [direita] e, felizmente, sempre
tive treinadores que me ajudaram. O Jesualdo Ferreira, por exemplo, foi
um que me ajudou demais quando cheguei à Europa: sempre conversou muito
comigo e fez com que eu ficasse muito à vontade dentro e fora do campo.
O crescimento que protagonizou enquanto jogador dos dragões levou-o à
canarinha. «Acho que a principal prova disso foi o fato de ele [Mano
Menezes] me ter levado aos Olímpicos, e ainda mais como um dos três
acima do limite de 23 anos. Fiquei muito feliz com aquilo. Infelizmente
não conseguimos trazer o ouro, mas foi uma oportunidade que procurei
aproveitar ao máximo. No início do ano nem poderia imaginar que teria
essa oportunidade. Mas, depois dos amigáveis a meio do ano [contra
Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina], já comecei a achar que o
meu nome poderia estar na lista».
Esses amigáveis aumentaram a sua importância na equipa e agora Hulk só quer cimentar a sua importância na seleção brasileira.
«Foi quando tive mais tempo para jogar: quatro jogos e em todos eles
fui titular. Era a oportunidade de que eu precisava para conseguir
mostrar o meu futebol e o que poderia oferecer. Nesses quatro jogos, fiz
três golos e acho que joguei bem. Então, acho que ali foi o ponto forte
para a minha carreira na seleção.
A saída do FC Porto
Numa extensa entrevista concedida ao portal da FIFA, Hulk recorda ainda
a sua saída do FC Porto, no último defeso, depois de ter envergado a
camisola azul e branca durante quatro temporadas.
«Durante todo o mercado de transferências houve várias especulações
envolvendo o meu nome, o interesse de vários clubes grandes, mas as
propostas não agradaram nem ao FC Porto nem a mim. E eu tinha conversado
com o Spalletti antes mesmo de assinar pelo Zenit. Ele falou-me muito
bem do clube, sobre a grande estrutura que existe e o projeto de montar
uma grande equipa. Eu vim e, de facto, encontrei uma grande estrutura e
um projeto ambicioso. Tenho a certeza de que, no futuro, o Zenit vai ser
um dos grande clubes da Europa», elogiou, mostrando-se confiante na
conquista do título da Rússia.
«Ser campeão russo é importante, mas o grande objetivo acho que é fazer
uma boa campanha na Champions: perdemos os dois primeiros jogos, mas
ainda não há nada perdido. Temos condições e qualidade para passar de
fase», projetou.
in "zerozero.pt"
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