O F.C. Porto garantiu o ponto necessário para selar a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. As ausências por lesão não afetaram o rendimento da equipa, que respondeu aos poucos períodos de verdadeiro sufoco com um futebol seguro e suficiente para justificar o carimbo no passaporte (0-0).
O Paris Saint-Germain goleou o Dínamo de Zagreb, elo mais fraco do grupo, e confirmou o cenário: franceses e portugueses deverão lutar pelo primeiro lugar até final. O D. Kiev pode ainda alcançar o PSG, jamais o F.C. Porto. 15,6 milhões de euros nos cofres portistas. Uma soma importante, a todos os níveis.
Vítor Pereira reforçou a sua confiança em Abdoulaye e lançou o jovem senegalês. A resposta frente ao Marítimo, quando Maicon teve de ser substituído, deixou o técnico satisfeito. Para além disso, Rolando continua a ser um braço-de-ferro interno e Mangala está a ganhar rotinas interessantes como lateral esquerdo. Foi a opção mais natural.
Abdoulaye aceitou o desafio e deixou boa impressão. Exagerou na primeira entrada sobre um adversário (joelho nas costas num lance aéreo) mas esteve em grande plano no restante período, sem evidenciar qualquer nervosismo. A autoconfiança é uma das armas deste senegalês, que pode continuar a beneficiar da ausência de Maicon.
Steven Defour foi o substituto natural de Fernando, enquanto Helton e Lucho González recuperaram totalmente. O setor intermediário do F.C. Porto teve de dar uma resposta imediata à pressão inicial do Dínamo de Kiev, sufocante até.
Durante longos minutos, a formação ucraniana encostou o campeão nacional à sua área, obrigando os homens de Vítor Pereira a sofrer e esperar pelo momento para reagir. Aos poucos, os dragões quebraram o excesso de confiança do adversário e começaram a subir as suas linhas.
Sabendo que o empate bastava, o F.C. Porto poderia sentir-se tentado a baixar o ritmo e dar liberdade ao D. Kiev para construir jogo. Contudo, a entrada forte dos ucranianos serviu de aviso para a equipa portuguesa, levando esta a assentar o seu jogo longe da baliza de Helton.
Já depois da meia-hora de jogo, Jackson Martínez esteve bem perto do golo e ficou ainda a reclamar uma grande penalidade. Com razão. James Rodriguez cruzou na esquerda, o ponta-de-lança foi agarrado claramente por Khacheridi mas ainda cabeceou. Koval sacudiu com esforço.
O F.C. Porto voltou a entrar melhor na etapa complementar. Tudo parecia correr de feição para a equipa de Vítor Pereira, que criou mais uma excelente oportunidade ao minuto 51. Mais um passe de James, desta vez no centro do terreno, e Varela com caminho aberto na área. O português rematou com o pé esquerdo, cruzado, ligeiramente ao lado.
Miguel Veloso tentava responder em lances de bola parada mas o argumento do D. Kiev parecia curto face à exibição personalizada dos dragões.
A equipa técnica dos ucranianos decidiu alterar a estratégia com uma hora de jogo. As entradas dos africanos Lukman Haruna e Ideye Brown redundaram num acréscimo de mobilidade e entusiasmo em comparação com Artem Milevskiy e Marco Ruben.
Num ápice, o cenário mudou. Ao minuto 68, Yarmolenko aproveitou a má colocação de Danilo para se isolar. Contudo, optou pelo remate, fraco, para defesa de Helton. O guarda-redes brasileiro passou a ter mais trabalho desde esse momento, respondendo a grande altura, mesmo nas saídas da baliza.
A colocação de Mangala, servindo quase como terceiro central no apoio a Otamendi (segurança a liderar o setor) e Abdoulaye, foi importante e transmitiu segurança à equipa. Danilo agradeceu a liberdade para subir no terreno.
Já depois de ter lançado Atsu, Vítor Pereira viu Defour pedir a substituição, respondendo com a entrada de Castro. Um F.C. Porto ainda mais jovem para segurar o resultado nos minutos finais. Com sucesso. Até a entrada de um adepto ucraniano em campo, em tempo de descontos, deu jeito. Quebrou o derradeiro ataque do D. Kiev.
in "maisfutebol.iol.pt"
3 comentários:
caro Paulo, caríssimas(os),
esta noite, num palco onde já fomos muito felizes, a nossa equipa do coração realizou uma exibição com muita personalidade.
acima de tudo, fomos pragmáticos: jogámos com a contabilidade e com a possibilidade de encaixarmos (pelo menos) 4 milhões de euros - 3.5M€ pela passagem aos oitavos-de-final e os restantes 0.5M€ pelo empate.
o "objectivo mínimo" foi conseguido, mas com muito mérito, pelo que estamos todos de parabéns!
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II
Boas
Um dos grandes objectivo da época esta concretizado. Estamos nos oitavos da Champions. Além do importante encaixe financeiro o óbvio prestigio desportivo. Num jogo complicado fizemos um jogo maduro. Os Ucranianos jogavam tudo esta noite, mas o Porto consegui controlar quase todo o jogo. Parabéns a toda a equipa.
Abraço
http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/
Foi um Porto pragmático, objectivo, consciente que podia ganhar, mas que o empate também servia, aquele que na noite de ontem conseguiu, a duas jornadas do fim, garantir o apuramento para os oitavos-de-final.
Estamos todos de parabéns.
Um abraço
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