A figura: Éder
Está a nascer um senhor avançado em Braga. Estudou a lição em Coimbra mas é no Minho que o seu futebol tem mais encanto. Herdou uma herança pesada de Lima, mas está a dar-se bem com ela. Muito forte nos duelos, não dá um lance por perdido e faz da crença a seu trampolim para o sucesso. Na primeira parte cabeceou ao lado em boa posição, na segunda decidiu o jogo, num estranho golo conseguido no meio da pressão de Otamendi e Abdoulaye. Foi decisivo, por isso.
Negativo: Olegário Benquerença
Mais do que prejudicar uma ou outra equipa, prejudica o jogo. Depois de uma má arbitragem em Paços de Ferreira a meio da semana, voltou a fazer-se notar em Braga, com um critério disciplinar que, viu-se desde cedo, não ia permitir que as equipas terminassem com onze jogadores. A expulsão de Castro, por isso, é de todo exagerada. Nas outras duas decisões mais complicadas do jogo, acertou uma: não viu Fernando puxar os calções de Hugo Viana na área postista mas decidiu bem ao anular o golo de Custódio, já que a falta de Mossoró sobre Fabiano foi evidente.
O momento: a expulsão de Castro
Minuto 71. O Sp. Braga era mais pressionante, mas o F.C. Porto parecia ter o jogo controlado. Um passe a rasgar na direita solicita a corrida de Mossoró. Castro estica o braço e comete falta sobre o médio bracarense. Mas Benquerença não perdoa o médio portista e mostra-lhe o segundo cartão amarelo, depois de ter exibido o primeiro quando o português travou um contra-ataque na primeira parte.
Outros destaques
Hugo Viana
Acabou por ser decisivo para o crescimento do Sp. Braga na segunda parte, pois esteve menos ocupado com as tarefas defensivas e pode explanar o seu futebol uns metros mais à frente. Foi estratega e lutador. Marcou o livre que originou o empate e criou perigo sempre que teve oportunidade de colocar o seu pé esquerdo em ação nas bolas paradas. Foi estratega e lutador.
Nuno André Coelho
Paulo Vinicius faz falta no centro da defesa do Sp. Braga e começa a ser difícil disfarçar. Nuno André Coelho e Douglão vão alternando entre si performances medíocres. O brasileiro esteve mal na Roménia, por exemplo, e esta noite foi a vez do português errar no lance que abriu o jogo. Deixou fugir Mangala e nem sequer conseguiu ser capaz de atrapalhar o cabeceamento do francês.
Quim
Sem culpas no golo de Mangala, evitou o prolongamento com uma defesa com os pés perante Lucho Gonzalez e ainda outra, incompleta, a remate de Kléber na área. O suficiente para ter nota positiva.
Otamendi
O excessivo despique que travou com Ruben Micael foi a exceção em mais um jogo exemplar do argentino. Fortíssimo na antecipação é, cada vez mais, a principal referência defensiva do F.C. Porto, seja quem for o companheiro que Vítor Pereira coloque ao seu lado. O líder agora é ele e o papel assenta-lhe bem. Tentou atrapalhar Éder no lance que deu a vitória ao Sp. Braga mas já não foi a tempo.
Mangala
No centro ou na esquerda, já não deixa dúvidas a ninguém. É solução para os dois lados e ainda tem a virtude extra de poder ajudar na frente, nas bolas paradas. Foi assim que abriu o ativo, num cabeceamento certeiro depois de se livrar facilmente da marcação.
in "maisfutebol.iol.pt"
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