Vítor Pereira antecipa o segundo encontro com o Sp. Braga numa semana e não espera que na sexta-feira, para a Taça de Portugal, o jogo seja muito diferente do de domingo, para a Liga, que o FC Porto venceu por 2-0.
De caminho, o treinador portista defende o seu homólogo de Braga e contesta o facto de José Peseiro estar agora a ser questionado.
«Não consigo entender esta forma incoerente de olhar para as coisas. Por que é que o José Peseiro deixou de ser competente? O Braga já mostrou que sabe o que quer e é uma excelente equipa», defendeu o treinador do FC Porto.
Quanto ao jogo, Vítor Pereira admite que possa ser um pouco mais aberto que o de domingo: «Não acredito que o jogo seja muito diferente. Ou seguimos em frente ou somos eliminados e isso poderá tornar o jogo mais aberto. Vai ser um jogo de grande exigência.»
Sem o assumir objetivamente, Vítor Pereira sugeriu a mudança de algumas das peças da equipa principal, até porque quatro dias depois haverá um jogo importante em Paris.
«Acredito no plantel que trabalha comigo. Farei a gestão que achar necessária para discutir o jogo e ganhar», revelou o técnico, antes de dar uma achega ao tal jogo contra o Paris Saint-Germain.
«Queremos ganhar os dois. Que fique bem claro. A Taça de Portugal é um objetivo. Depois, em Paris queremos garantir o primeiro lugar e prestigiar o clube. Temos jogadores com qualidade para gerir os dois jogos e chegar aos resultados que queremos».
Vítor Pereira: «Lucho saiu chateado? É natural»
Lucho Gonzalez é habitualmente o exemplo de correção e respeito. A postura impassível do El Comandante mostrou um lado mais emocional em Braga, porém. Ao ser substituído, assinalava o relógio o minuto 88, o argentino mostrou claramente a sua insatisfação.
O jogo estava empatado a zero, Lucho queria ajudar a equipa e não gostou de ser trocado por Kléber. Curiosamente, foi depois disso que o F.C. Porto fez dois golos.
Confrontado com a irritação anormal do seu capitão, Vítor Pereira colocou-se a seu lado e respaldou-o das críticas.
«O Lucho é um jogador ambicioso. Como é o Moutinho, como é o Varela. Um jogador desses que sai num jogo indefinido, não pode ficar contente. Sai com a impressão de que podia ajudar mais. É natural que o Lucho quisesse ficar até ao fim», resumiu o treinador do F.C. Porto.
Foi precisamente o jogo de Braga que nos deu a conhecer um Vítor Pereira «desgastado» pelo desenrolar «emocionante» dos acontecimentos. O técnico garantiu já estar com os normais níveis de energia repostos e pronto para a luta.
«Espero ter o mesmo desgaste e voltar a vencer», sublinhou o treinador. «Há jogos assim. Exigem mais concentração ainda. O jogo teve um resultado indefinido até ao fim. Até parece que o jogamos. Na verdade jogámo-lo emocionalmente», desabafou o homem do leme portista.
«Há outras partidas que se definem mais cedo e são mais simples. Só quem passa por aqui [pelo banco] é que percebe isto».
Há uma coisa que faz rir Vítor Pereira (e muito): ele explica
A conferência de imprensa estava já perto do fim. Mais uma pergunta para Vítor Pereira e o técnico a responder com uma rara gargalhada. Das grandes. Mas que pergunta conseguiria coloar o técnico do F.C. Porto assim tão bem disposto?
Simples. Vítor Pereira foi confrontado com uma lista onde se liam os nomes dos treinadores mais bem pagos no futebol mundial. O treinador azul e branco não está lá, Jorge Jesus surge no 14º posto. Daí a gargalhada.
«Não consigo comentar. Rio-me, apenas isso. Olhar para aqueles números dá-me vontade de rir. Estou muito feliz no F.C. Porto. Trabalho para ter os melhores à minha disposição. O que me anima é apresentar um bom futebol. Sou exigente e gosto de futebol bonito», disse o treinador.
Perante a insistência, deixou mais algumas palavras. «Estaria a mentir se dissesse que o dinheiro não tem importância. Tenho três filhos, uma família. Mas para isso é preciso trabalhar».
Veio à baila a palavra sorte e, enfim, o técnico aproveitou para se referir ao último triunfo em Braga, onde muita gente viu sorte no triunfo azul e branco.
«Sorte? Sorte era estar a ganhar em Braga por dois a zero aos quatro minutos. Marcar no fim dá trabalho, e muito».
Simples. Vítor Pereira foi confrontado com uma lista onde se liam os nomes dos treinadores mais bem pagos no futebol mundial. O treinador azul e branco não está lá, Jorge Jesus surge no 14º posto. Daí a gargalhada.
«Não consigo comentar. Rio-me, apenas isso. Olhar para aqueles números dá-me vontade de rir. Estou muito feliz no F.C. Porto. Trabalho para ter os melhores à minha disposição. O que me anima é apresentar um bom futebol. Sou exigente e gosto de futebol bonito», disse o treinador.
Perante a insistência, deixou mais algumas palavras. «Estaria a mentir se dissesse que o dinheiro não tem importância. Tenho três filhos, uma família. Mas para isso é preciso trabalhar».
Veio à baila a palavra sorte e, enfim, o técnico aproveitou para se referir ao último triunfo em Braga, onde muita gente viu sorte no triunfo azul e branco.
«Sorte? Sorte era estar a ganhar em Braga por dois a zero aos quatro minutos. Marcar no fim dá trabalho, e muito».
Vítor Pereira e a quebra de espectadores: «A vida mudou»
O Maisfutebol publicou na terça-feira um estudo que aponta para uma quebra acentuada de espectadores nos estádios portugueses. O F.C. Porto, por exemplo, tem em média menos quatro mil pessoas por jogo no Dragão.
Ora, perante estes dados, o treinador Vítor Pereira faz uma leitura interessante. Relacionada com a crise que grassa no nosso país, naturalmente.
«O nosso papel é promover o espetáculo. A vida não está fácil para ninguém. Há muita gente em dificuldades. É preciso dinheiro em casa para a comida e o futebol pode tornar-se um espetáculo caro», sublinhou o técnico.
«O gosto pelo futebol continua a existir, mas a vida mudou. Mudou para muita gente».
Este gosto pelo futebol, pelo espetáculo, conduziram depois o técnico a falar um pouco sobre a forma atraente como gosta de ver a sua equipa a jogar. Daí surge o elevado número de golos que os dragões têm marcado ao longo da época, sustenta Vítor Pereira. E há vários atletas com a pontaria afinada.
«Basta ir ao registo dos tempos em estive no Sp. Espinho e no Santa Clara. Percebam o número de golos que marcámos na altura e de que forma esses golos foram distribuídos. As minhas equipas são equilibradas e gostam de golos, de posse de bola».
A reflexão continuou. «Não gosto de jogos descontrolados. Partidas que têm muitas oportunidades para cada lado são sinal de incompetência. Trabalhamos para organizar esse processo e gosto que a minha equipa controle o jogo. Controlar a bola e ser agressiva na pressão. Depois o talento individual é estabelecido pelos jogadores».
Ora, perante estes dados, o treinador Vítor Pereira faz uma leitura interessante. Relacionada com a crise que grassa no nosso país, naturalmente.
«O nosso papel é promover o espetáculo. A vida não está fácil para ninguém. Há muita gente em dificuldades. É preciso dinheiro em casa para a comida e o futebol pode tornar-se um espetáculo caro», sublinhou o técnico.
«O gosto pelo futebol continua a existir, mas a vida mudou. Mudou para muita gente».
Este gosto pelo futebol, pelo espetáculo, conduziram depois o técnico a falar um pouco sobre a forma atraente como gosta de ver a sua equipa a jogar. Daí surge o elevado número de golos que os dragões têm marcado ao longo da época, sustenta Vítor Pereira. E há vários atletas com a pontaria afinada.
«Basta ir ao registo dos tempos em estive no Sp. Espinho e no Santa Clara. Percebam o número de golos que marcámos na altura e de que forma esses golos foram distribuídos. As minhas equipas são equilibradas e gostam de golos, de posse de bola».
A reflexão continuou. «Não gosto de jogos descontrolados. Partidas que têm muitas oportunidades para cada lado são sinal de incompetência. Trabalhamos para organizar esse processo e gosto que a minha equipa controle o jogo. Controlar a bola e ser agressiva na pressão. Depois o talento individual é estabelecido pelos jogadores».
in "maisfutebol.iol.pt"
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