Brasileiro elogia cultura de clube dos dragões
Derlei viveu no FC Porto «os anos dourados» da sua longa carreira.
Na entrevista ao Futebol Brasil, o brasileiro fala em gratidão e admiração pela casa portista: «Aquele clube abriu-me as portas do Mundo, deu-me tudo. Não foi só o que ganhei desportivamente. Foi também as oportunidades que me deu para garantir a minha estabilidade financeira e as portas que me abriu para o resto da carreira, na Rússia e depois nos outros dois grandes de Portugal».
Derlei elogia a «cultura de clube» do FC Porto, muito focada «na vitória» e destaca: «Mesmo depois de terem passado tantos anos de lá ter saído, e de ter depois representado o Benfica e o Sporting, tenho as portas daquela casa abertas, sinto-me em casa. Nunca vou esquecer o FC Porto».
Derlei ao Futebol Brasil: «Pinto da Costa tem atitudes exemplares»
Pormenores do presidente do FC Porto que fazem mesmo a diferença
Derlei, em entrevista ao Futebol Brasil, não esconde a gratidão por Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente do FC Porto.
«É um grande presidente, um dirigente único no Mundo», destaca Derlei. «Defende bem o seu clube e teve comigo gestos que não vou esquecer. Como naquela vez em que me lesionei com muita gravidade em Alverca e tive que parar por vários meses. Sem que houvesse qualquer pedido meu, ele fez questão de renovar comigo por mais um ano e anunciou isso publicamente».
Através do Futebol Brasil, Derlei aproveitou para endereçar os parabéns a Pinto da Costa pelos 75 anos de vida: «Já não falo com o presidente há cerca de um ano e gostaria, através de vocês, de lhe dar os parabéns e desejar-lhe muita saúde e ainda mais sucesso, porque ele merece».
Derlei: membro do restrito clube dos que passaram pelos três grandes
Só outros sete antigos jogadores podem dizer o mesmo
Derlei, o entrevistado deste primeiro dia de 2013 no faz parte de um clube mesmo muito restrito: o dos jogadores que tiveram a oportunidade de passar nos três grandes.
O avançado brasileiro representou o FC Porto entre 2002 e 2005; o Benfica na segunda metade da época 2006/07; e o Sporting entre 2007 e 2009.
Só outros sete antigos jogadores podem dizer o mesmo: Alhinho, Eurico, Fernando Mendes, Paulo Futre, Maniche, Emílio Peixe e Romeu.
A nível de treinadores, esse clube é ainda mais restrito: cinge-se a Fernando Riera, ao brasileiro Otto Glória e a Fernando Santos. Mais recentemente, com a contratação de Jesualdo Ferreira como «manager» do Sporting, o professor pode ser, de algum modo, incluído nesse lote, embora não seja oficialmente treinador do Sporting.
Mas como ele próprio assumiu recentemente que gostaria de vencer o Prémio Stromp do próximo ano como treinador do Sporting, pode ser que já não falte muito¿
Derlei ao Futebol Brasil: «Foi um privilégio ter jogado nos três grandes»
Atacante explica as diferenças entre FC Porto, Benfica e Sporting
Derlei, 37 anos, terminou a carreira em 2010, no Madureira, precisamente o clube de onde saltou para o futebol português, onde ganhou tudo.
Foi o regresso às origens para finalizar em beleza uma carreira de topo: «O futebol português deu-me tudo. Tive a honra e o privilégio de atuar nos três grandes. São clubes fantásticos, onde deixei muitos amigos. Mas muito diferentes nas suas características. Como jogador, foi um privilégio jogar no FC Porto, no Benfica e no Sporting».
Em grande entrevista ao Futebol Brasil, Derlei fala de tudo: dos grandes momentos no FC Porto, do estilo único de José Mourinho, da liderança exemplar de Pinto da Costa, um «dirigente único a nível mundial», na grandeza do Benfica, em Jorge Jesus, nos problemas do Sporting, e muito mais.
Três anos e meio depois de ter deixado Alvalade para regressar ao Brasil, Derlei mantém-se ainda «muito atento» ao futebol português.
Elogia o Benfica de Jorge Jesus, uma equipa «que joga bom futebol e tem feito um percurso de longo prazo, de aproximação ao FC Porto».
Lamenta a «falta de tempo e de paciência» do Sporting em relação aos seus jovens talentos e avisa: «Num grande clube como o Sporting, nunca há tempo para esperar. É preciso aproveitar o talento que lá há, que é muito, juntando os jovens com jogadores experientes».
E sublinha a força do FC Porto: «É um clube sempre muito forte, com características únicas. Trabalha-se muito bem no FC Porto, trabalha-se sempre para ganhar. E há um fator agregador, que é o presidente Pinto da Costa».
Derlei não esquece também José Mourinho, o «melhor treinador» com quem já trabalhou. «Puxa pelo melhor de nós. Com ele, não dá para facilitar».
Derlei: os anos dourados no FC Porto, a Rússia e os dois grandes da capital
Um percurso cheio de títulos e de golos
Vanderlei Fernandes Silva nasceu a 14 de julho de 1975, em São Bernardo do Campo, São Paulo.
A carreira profissional começou no América de Rio Grande do Norte, clube que representou ente 1994 e 1996. Seguiu-se o Guarani (1997/1999, com empréstimo a maio ao Guarani Mauaense) e o Madureira (1999), clube de onde saltou para o futebol português, para o U. Leiria.
Foi em Leiria que Derlei mostrou todo o seu futebol, com três épocas de bom nível. O gatilho que o fez disparar para o topo do futebol português foi a contratação de José Mourinho pelo FC Porto.
O «Special One» fez questão de levar Derlei de Leiria para as Antas, tal como fez com Nuno Valente, poucos meses depois da passagem do técnico para a casa portista.
A época de 2002/03 foi o início do sonho lindo do avançado brasileiro: «A partir daí, conquistei tudo com o FC Porto. Nunca vou esquecer aquele clube», conta ao Futebol Brasil.
Entre 2002 e 2005, mostrou-se peça fundamental do esquema de José Mourinho na conquista da Europa: Taça UEFA na primeira época, Liga dos Campeões na segunda. Mesmo sem Mourinho no FC Porto, ainda saboreou a Taça Intercontinental no Japão, já com Victor Fernandez. Pelo meio, dois títulos nacionais, uma taça e uma supertaça aqui em Portugal.
Em 2005, e depois de três anos e meio inesquecíveis no dragão, chegou a hora de partir. Uma experiência de dois anos na Rússia, no Dínamo Moscovo, interrompida com um empréstimo a maio da época 06/07 ao Benfica.
E depois surgiu o Sporting: duas temporadas inteiras
(2007/2009) de leão ao peito.
Aos 34 anos, o fim estava a aproximar-se. Foi o tempo de voltar ao Brasil, às origens: primeiro no Vitória (2009) e depois o Madureira (2010).
Tantas paragens, sempre tantos golos: 21 pelo América, 7 pelo Guarani, 4 pelo Madureira, 42 pelo Leiria, 29 pelo FC Porto, 20 pelo Dinamo, 1 pelo Benfica, 8 pelo Sporting, 1 pelo Vitória.
in "maisfutebol.iol.pt"
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