FIGURA: Jackson Martinez
A nomeação já não surpreende ninguém. O colombiano tem o saudável vício dos golos, muitos deles decisivos. Fez mais um, quando a equipa mais precisava. Movimentou-se de trás para a frente e surgiu à frente de todos para cabecear e marcar. Jackson pressente o odor da presa à distância, é um felino insaciável. Aos 42 minutos quase fazia aquele que seria, certamente, o golo da época. Vladan fora da baliza, Jackson a tentar o impossível e o guarda-redes a defender, in extremis para canto. Os seus números já superam os de Radamel Falcao na primeira época de dragão ao peito. Revelador.
MOMENTO: cabeça de Jackson, minuto 24
A teia do Nacional ganhava consistência, minuto após minuto. O F.C. Porto encontrava dificuldades inesperadas e não criava oportunidades de golo, até Jackson desfazer o nó. Canto de Moutinho, cabeça do colombiano, o F.C. Porto passava a respirar livremente e a ser dono e senhor da partida.
NEGATIVO: lesão de James
Notícia preocupante para os dragões, a uma semana do Clássico na Luz. James Rodríguez teve uma recaída de um problema muscular e teve de ser substituído ao intervalo. Entrou Steven Defour para a direita do ataque, apesar do belga estar longe de ser um extremo. Sinal de alarme para o F.C. Porto numa altura importantíssima da época.
Fernando
Primeira parte ótima, a encurtar espaços entre os setores, a recuperar bolas impossíveis e a apoiar o setor da frente numa ou noutra ocasião. Mais posicional no segundo tempo, talvez por imperativos estratégicos. O Polvo continua a ser uma peça obrigatória nos equilíbrios pretendidos por Vítor Pereira. Muito bem na receção e passe, movimentos essenciais na vida de um médio defensivo.
Danilo
Finalmente solto, finalmente fresco, finalmente confiante. Aproveitou a limitação física de Diego Barcellos para se projetar no ataque, fazer cruzamentos, tabelas, enfim, tudo aquilo que é suposto num lateral direito de uma equipa conquistadora. Tal como Fernando, foi mais contido na segunda parte, até pela presença de Mário Rondón na sua área de ação.
João Moutinho
Tanto, tanto futebol naquele corpo pequeno. Estimula a circulação de bola, prende quando tem de prender e solta na hora acertada. Marcou o canto que acabou na cabeça de Jackson e em golo mas, mais do que isso, deu o corpo às balas no período mais difícil (o início) e assumiu a babtuta de maestro na hora de elevar a intensidade de jogo.
Mário Rondón
Quebra-cabeças venezuelano, tanto no centro como na esquerda. Criou perigo em duas situações e, sempre que teve espaço, obrigou a defesa azul e branca a trabalhos forçados. E redobrados. Foi este o jogador que tantas promessas criou nos tempos da Mata Real.
in "maisfutebol.iol.pt"
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