Alex Sandro e o acaso abrilhantam estreia de Izmaylov
A figura: Alex Sandro
Um herói acidental que fez por isso. Não se inibiu com o amarelo visto relativamente cedo e continuou disposto a ajudar nos estragos lá na frente. É defesa mas terá passado muito mais tempo no meio campo contrário do que no seu. Está-lhe no sangue. Não é homem para ver jogar, quer envolver-se, mexer com o jogo. E tem classe para isso. Falta-lhe afinar os cruzamentos que costumam morrer no primeiro poste. Um deles, já no segundo tempo, saiu largo de mais. Tão largo que sobrevoou Cássio e morreu na baliza. Um golo merecido mas fortuito. Conta na mesma.
O momento: o batismo de Izmaylov
Minuto 78. Estava em campo há pouco tempo, para refrescar o ataque e ganhar minutos. O russo que veio de Alvalade começou a ser feliz no Dragão quando Kelvin lhe endossou a bola. O resto foi com ele. Receção e remate colocado. Tudo dentro da área e sem hipóteses para Cássio. A classe já lhe é conhecida. Este instante pode dar-lhe a confiança que sempre ajuda.
Outros destaques
João Moutinho
Altas rotações. Uma primeira parte incansável e um segundo tempo de timbre idêntico. Moutinho foi o motor que o F.C. Porto precisou, num jogo em que nunca se escondeu, chamando a si a responsabilidade de criar. Partindo de posição duvidosa, atirou ao lado ao minuto 10. Repetiu a façanha, de fora da área, pouco depois.
Jackson Martínez
Do mais fino recorte. O colombiano já mostrou que não é um ponta-de-lança comum. Não é o avançado com um instinto letal, um homem de poucos toques e muitos golos. Marca-os e os números provam. Mas fá-lo com outro requinte. É um jogador de pormenores, mais tecnicista. Daqueles que parecem capazes de inventar um golo por mais escasso que seja o espaço que lhe dão.
Fernando
Ou vai ou racha. Não há meio termo para o médio portista, dominador naquele espaço do miolo que conhece tão bem. Nevrálgico no sucesso da estratégia de Vítor Pereira, Fernando atravessa um bom momento. Mostrou-o na Luz, mostrou-o esta noite. Quis atacar,nem sempre na medida certa. Mas a defender continuou igual a si mesmo. Ninguém se chega perto dele sem saber que vai ter de lutar.
Ricardo
Quando uma equipa defende mais do que ataca, é justo que se olhe para quem comanda as operações. Regressado ao onze, Ricardo foi o patrão do quarteto e bombeiro de serviço para as falhas nas laterais. Imperial nas alturas e assertivo pelo solo. Sai com nota positiva, pois claro.
in "maisfutebol.iol.pt"
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