Choco frito em lume branco
O F.C. Porto testou a sua paciência com avaliação positiva. Em lume branco, cozinhou o choco frito à setubalente, perante um Vitória pouco ambicioso. Golos de Lucho e Defour na etapa complementar (2-0), após um castigo máximo desperdiçado por James.
Os dragões andaram perto dos oitenta por cento de posse de bola ao longo do encontro. A equipa adversária soltou-se apenas no último quarto-de-hora, com a entrada de Makukula, reclamando uma grande penalidade antes do segundo tento portista.
Com todo o respeito que o Vitória de Setúbal e as suas gentes merecem, não há amante do bom futebol que aprecie a postura ultra defensiva dos sadinos, a antítese do futebol com espectáculo desportivo, a simples entrega da iniciativa de jogo ao adversário, esperando um milagre.
José Mota, treinador com créditos firmados, tem material humano para mais. Não quis. Terminou a etapa inicial com vinte por cento de posse de bola, uma boa oportunidade de golo nos pés do entusiasmante Pedro Santos, entre uma pressão intensa do F.C. Porto.
James na espiral do erro
Os dragões, amantes da cultura da posse, entregaram-se à rotina sem sinais de nervosismo. Vítor Pereira repetiu o onze de Moreira de Cónegos, embora não haja história que se repita nem protagonistas com regularidade imaculada. James Rodriguez é o melhor exemplo.
O jovem colombiano esteve irreconhecível, errático, perdulário durante uma hora de jogo. Entrou mal, falhou passes, desperdiçou as melhores oportunidades de golo na etapa inicial e um castigo máximo após o intervalo. Os adeptos nem queriam acreditar.
O F.C. Porto fez o suficiente, na etapa inicial, para chegar à vantagem. James surgiu isolado na área mas procurou o pé esquerdo na melhor ocasião. A tudo isto, o Vitória assistia com aparente desinteresse, limitando-se a um par de respostas rápidas, bola na frente e fé na velocidade. Fórmula curta.
Arrastando-se o nulo até ao intervalo, pensar-se-ia que o Vitória de Setúbal aumentava a probabilidade de sucesso. Uma ilusão, apenas. Quem assistia ao encontro, percebia que o golo ameaçava surgir a qualquer momento, tamanha a pressão e a concentração de homens na área sadina.
Atsu e Alex Sandro saíram a meio, provavelmente por questões físicas, mas o F.C. Porto não se ressentiu. Teve paciência e critério. Não desesperou quando James, a ameaçar noite para esquecer, permitiu a defesa de Kieszek na cobrança de um castigo máximo.
Meia-hora para tudo
Com uma hora de jogo, Carlos Xistra vislumbrou uma mão na área do Vitória de Setúbal. Assim parece. Benefício da dúvida para o árbitro. Contudo, os sadinos resistiram um pouco mais. Jackson não voltou à marca, parece afetado pelos falhanços, mas James foi infeliz. Assumiu, ainda assim.
De qualquer forma, a redenção surgiria pouco depois. Bola na área, no lado direito. O colombiano domina, observa as movimentações e coloca de trivela para o segundo poste. Lucho González, vindo de trás, inaugura a contagem.
Consequência lógica para o plano de jogo das duas equipas. O Vitória colocando-se a jeito para o golo, com uma postura que merece nova crítica, e o F.C. Porto a receber o prémio por uma superioridade incontestável.
A equipa visitante teria perto de meia-hora para discutir o jogo como não fizera até então. José Mota, o último treinador a vencer no Dragão para o campeonato (então no Leixões, já em 2008), não mudou a perspetiva e a posse de bola continuou a ser azul.
Vítor Pereira mostrava-se satisfeito com o rendimento da equipa, embora o temor de um percalço, face à diferença mínima no marcador, tenha acompanhado os dragões até perto do final do encontro. Ao minuto 84, a bola saiu da cabeça para a omoplata de Danilo, bem junto ao ombro. Os sadinos reclamaram penalty. Ficam algumas dúvidas, não parecendo haver intenção.
Pouco depois, o segundo golo. Trabalho de Varela, entrada fulgurante de Mangala na área, cruzamento e finalização de Defour. Desfecho justo.
in "maisfutebol.iol.pt"
2 comentários:
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Frente a uma frota de autocarros, o F.C.Porto na noite fria de ontem, voltou a dominar totalmente o adversário, a ter uma posse esmagadora - na primeira-parte deve ter sido record mundial, 82-18 - mas voltou a ter as mesmas dificuldades dos últimos jogos. Falta velocidade, falta largura, falta profundidade, falta qualidade de passe, raramente há passes de rotura, falta gente na zona de finalização. Se juntarmos a isso, o facto de jogadores nucleares e desequilibradores - Lucho tantos passes errados; James, tirando a assistência para o 1º golo, só fez asneiras e até falhou um penalty; Moutinho, também não esteve bem; Alex Sandro teve de sair ao intervalo para evitar contrair uma lesão; Atsu desastrado, deu lugar a Varela ainda nos 45 minutos iniciais -, uns bons furos abaixo das suas capacidades, está explicado porque hoje, como aconteceu muitas vezes, no Dragão e principalmente fora de casa, o conjunto de Vítor Pereira ganhou, sem discussão, mas teve de sofrer mais do que o previsto.
Abraço
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