O FC Porto B visita esta sexta-feira o Trofense, em jogo para a 35.ª jornada da Segunda Liga, uma partida que Rui Gomes antevê difícil, num campo de dimensões reduzidas e perante uma formação aguerrida que tem de somar pontos para fugir à despromoção.
Depois de vencer o Arouca vai encontrar esta sexta-feira o Trofense que luta por outros objectivos, muda alguma coisa na abordagem ao jogo?
Para nós não, trata-se de mais um jogo que queremos ganhar, que nos pode trazer três pontos e que nos poderão permitir continuar a subir na classificação como fizemos na última jornada. No entanto, serão jogos diferentes e não necessariamente mais fáceis, o facto de defrontarmos equipas que estão mal na classificação, mas que estão a lutar pela manutenção trazem-nos dificuldades acrescidas. Antevejo um jogo extremamente complicado num campo com dimensões reduzidas frente a uma equipa muito aguerrida que nestes últimos oito jogos tem de se agarrar a tudo. Se formos avaliar o grau de dificuldade do jogo com o Trofense, não será seguramente mais fácil que o jogo que tivemos no último domingo frente ao segundo classificado, será um jogo com características distintas, mas igualmente muito difícil.
Como tem sido feita a gestão dos jogadores que migram para a equipa A e qual é o segredo para que as coisas tenham seguido um bom caminho?
A equipa A está sempre primeiro, portanto, quando necessita dos nossos jogadores, nem que seja para treinar, tal como aconteceu hoje, estão à disposição. Naturalmente que esse facto condiciona o trabalho durante a semana, vamos jogar sexta-feira com o Trofense e provavelmente não vamos fazer uma única sessão em que trabalhemos especificamente para esse jogo, mas isso tem acontecido recorrentemente ao longo da época. Não existe segredo, mas sim vontade dos jogadores em aproveitarem este palco para demonstrarem as suas qualidades, a sua evolução e independentemente de reconhecermos que muitas vezes não vamos para os jogos com o grau de preparação que gostaríamos, ainda assim, contamos com esta acumulação de trabalho que já temos. Quando se trabalha ao nível dos princípios de jogo, há certas rotinas que necessitam de ser consolidadas, mas os princípios gerais estão adquiridos, portanto estamos mais ou menos preparados do ponto de vista mental para os jogos, acho que é essencialmente isso que tem feito a diferença ao longo desta época, quando isso acontece, normalmente temos bons desempenhos e vencemos, quando baixamos a guarda e não conseguimos abordar os jogos com essa mentalidade forte muitas vezes os jogos não correm como gostamos.
O trabalho em conjunto entre equipa A e B está a resultar, a prova disso são os recentes casos de Kelvin e Abdoulaye?
A criação do FC Porto B não esteve só relacionada com o facto de juntar uma série de jogadores que possam um dia jogar na equipa A, o processo também decorreu no outro sentido, ou seja, pegar em jogadores que fazem parte desde o início da equipa A, que terão menos espaço ocasionalmente e que sabemos que, mais dia menos dia, terão de ser chamados e dar-lhes a possibilidade de competir. Desta forma ganham confiança, mais ritmo e vivências de jogo, de modo a que sempre que sejam chamados possam dar o seu contributo, já que a sua qualidade é muita, todos eles a têm. Os dois casos que apontou (Kelvin e Abdoulaye) são exemplos, como há outros ao longo de toda a época, portanto este tipo de situações validam a criação do FC Porto B e dão ainda mais sentido que isto aconteça e continue.
in "fcp.pt"
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