Avançado do F.C. Porto analisa a primeira época de dragão ao peito
Jackson Martinez chegou no início da época para ocupar o lugar de goleador do F.C. Porto e o facto de vir da Colômbia rapidamente fez os adeptos recordarem Radamel Falcao.
Mas a pressão cresceu mais. Quando Jackson foi contratado, Hulk ainda estava no F.C. Porto, mas transferiu-se uma semana depois. O lugar de goleador ficou vazio.
O reforço viria a ser o melhor marcador desta época, com 26 golos marcados, mas garante que não tinha como objetivo superar os anteriores artilheiros dos dragões.
«Se eu viesse a pensar em ser o que eles eram, acho que nem tinha marcado tantos golos. O que Falcao fez, poucos avançados fizeram nos seus clubes. A marca que ele deixou é incrível e acabou por abrir as portas para que eu viesse para cá. O que Hulk fez também foi impressionante e marcou o clube. Nunca pensei que teria de ser melhor do que eles, nem que tivesse que os fazer esquecer», disse o colombiano ao Maisfutebol durante o Media Open Day dos dragões.
«Estava aqui a substitui-los, por assim dizer, e tinha que fazer o meu trabalho da melhor forma. Estou de consciência tranquila porque me entreguei a 100 por cento. Vinha com intenção de trabalhar para me habituar rapidamente e aproveitar esta oportunidade que me estavam a dar no futebol europeu. Queria demonstrar a minha qualidade. Não pensei em quantos golos ia marcar, pensei apenas em fazer o meu trabalho, marcar golos e ajudar a equipa a conquistar o título», afirmou.
E Jackson acredita que os adeptos já não olham para ele como substituto de alguém. «Sinto uma enorme satisfação por já ter o meu lugar aqui e ver que, em tão pouco tempo, marquei as pessoas. Apeguei-me ao clube, às pessoas e a tudo o que significa ser Porto.
Agradeço aos adeptos porque, no meio de toda aquela pressão de falhar um penalty, ouvir os adeptos a gritar o meu nome deu-me ânimo e confiança».
Além do momento dos penaltis falhados, Jackson recorda o momento em que, depois de várias jornadas consecutivas a marcar, esteve alguns jogos sem fazer o gosto ao pé.
«Estava tranquilo, sabia que era normal. As pessoas estavam habituadas a que eu marcasse e quando não marquei durante três ou quatro jogos, estranharam», disse.
«Mas a equipa técnica apoiou-me. Foi fundamental essa confiança de Vítor Pereira. O treinador sabe como trabalhamos e passou-me essa tranquilidade», disse o colombiano.
A adaptação
Jackson Martinez afirma que a adaptação nesta primeira época no futebol europeu foi rápida e fácil. «No primeiro dia parecia que já estava na equipa há um ano. Mas não foi só comigo. Qualquer jogador que chega é recebido da mesma forma», garantiu.
Para o avançado, «a união da equipa foi o segredo para conquistar o título». «Em situações difíceis a equipa mostra uma tranquilidade impressionante, e isso marcou-me. O plantel tem grandes figuras, jogadores com muita experiência, mas que mostram uma humildade impressionante na altura de trabalhar, dão o exemplo».
O futuro
«Não estou a pensar se saio ou se fico», garante. «Estou a desfrutar deste triunfo com a minha família, em ir à seleção e em fazer um bom trabalho, que me permita estar mais perto do mundial. Tudo o resto será falado a seu tempo», disse, mas admite: «Esta época abriu-me mais as portas. Ter uma boa temporada, fazer um trabalho bom abre portas. Tudo o que se passou no F.C. Porto nesta primeira época foi uma experiência inesquecível».
Mas, para já, um objetivo é claro: «Trabalho para poder ter oportunidade e ser titular na seleção, mas claro que respeito a decisão do selecionador. Sei que a minha oportunidade vai chegar e estou a preparar-me para isso».
in "maisfutebol.iol.pt"
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