sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bruma azul e branca

Refugiado em parte incerta, a jovem promessa Bruma não deixa escapar notícias sobre o seu paradeiro, nem alimenta polémicas sobre a sua situação.

A imprensa lá vai tentando evitar que se apague a fogueira, que pelos vistos já esteve mais incandescente, com o objectivo de manter o caso em permanente ordem do dia mas, em boa verdade, muito pouco tem sido dito que possa ajudar a construir cenários de um desfecho que ninguém ousa prever.

A CAP - Comissão Arbitral Paritária - um tribunal que serve para dirimir litígios entre jogadores e clubes, dispõe agora de quarenta dias para trabalhar num processo que se diz complicado, sendo previsível que só em finais de Agosto venha a ser tornada pública a sua sentença em função de toda a documentação carreada para o extenso dossier, e da qual não haverá recurso.

As partes continuam a esgrimir argumentos de teor diverso, não sendo legítimo, nesta altura, avançar prováveis desfechos.
O que para já parece inquestionável é a impossibilidade de um retrocesso em toda esta polémica, por estarem já demasiado extremadas as posições de ambos os lados.

Num futebol rico em fenómenos do género, eis surgiu agora também o caso Atsu, cuja ligação ao Futebol Clube do Porto passa por momentos de grande ebulição.
O jogador ganês, pouco utilizado por Vítor Pereira, já se havia recusado a prolongar o vínculo que o prende aos dragões apenas por mais um ano e, para acentuar a crise, manifestou até vontade de ir jogar para Inglaterra.

Atsu foi para a jarra, uma expressão tão querida do futebol português, e Paulo Fonseca já comunicou que não contava com a sua colaboração, tendo o jogador africano sido recambiado para a equipa B.

Acusado por sectores portistas de ingratidão por tudo quanto o clube lhe proporcionou no que toca à sua formação e crescimento, Atsu tornou-se inesperadamente num émulo de Bruma.
Será que andam ambos a ser mal aconselhados?

Ribeiro Cristovão in "rr.pt"

Sem comentários: