Pinto da Costa preferia o inglês, mas gosta do português, a quem não reconhece as atitudes no Real Madrid.
Numa extensa entrevista ao jornal Marca, onde contou os segredos para o sucesso do FC Porto (por ler mais pormenores na edição e-paper ou impressa de O JOGO), Pinto da Costa falou também sobre os treinadores que mais o marcaram.
O presidente do FC Porto contou, por exemplo, que José Mourinho chegou ao FC Porto por um pormenor. "Disse a Robson que não precisava de trazer tradutor para o Porto, pois se ele próprio não falava português era por preguiça. Mas acrescentei: se quer alguém para lhe fazer companhia, traga-o. São essas pequenas coisas que mudam o destino", apontou, a propósito de alguém que começou "só a observar", mas ao segundo ano "já era o número dois do treinador."
Em Barcelona, o treinador português teve a cortesia de ligar a Pinto da Costa para perguntar se deveria sair com Robson ou ficar com Van Gaal. "Fica. Depois de um inglês, um holandês. Em breve estás pronto para ser treinador principal", recuperou.
Apesar da amizade, Pinto da Costa não o reconhece. "Nunca pensei que o Mourinho que conheci se comportasse como em Madrid. Aqui não celebrou a Champions, mas comigo foi sempre correto", justificou. E é mesmo ele o melhor? "Não. Eu escolheria Robson. Era um gentleman. Sabia ser amigo dos jogadores e, ao mesmo tempo, duro com eles", explicou.
Numa viagem curta às suas memórias, Pinto da Costa voltou a eleger a Taça dos Campeões Europeus de 1987 como o momento da sua presidência. "Quando fui eleito, o objetivo era passar a primeira ronda da Taça UEFA. Eu disse que objetivo devia ser pensar nas finais. Em 87, a 15' do fim, perdíamos. Foi inesquecível", terminou.
in "ojogo.pt"
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