António Henrique Monteiro da Costa é um nome incontornável da
história do Futebol Clube do Porto. O ex-jogador azul e branco é um dos
grandes símbolos do portismo, que brilhou num período muito complicado
do clube, quando na Invicta se vivia à sombra dos feitos de Sporting e
Benfica.
20 de agosto seria precisamente a data de aniversário do antigo ídolo
portista, nascido em 1928 e falecido em 2 de agosto de 1984, e por isso
o zerozero.pt recupera memórias e histórias do homem
que tomou por gosto marcar golos ao maior rival dos dragões: na
realidade, ao longo da carreira Monteiro da Costa desfeiteou por dez
vezes os guardiões do Benfica, sendo que só Pinga e Fernando Gomes foram
capazes de igualar este recorde do ex-capitão.
BIOGRAFIA
Monteiro da Costa: herói azul
Autor: João Pedro Silveira copyright © zerozero.pt |
António Henrique Monteiro daAntónio Henrique Monteiro da Costa nasceu no dia 20 de Agosto de 1929. Sp. Espinho 146-48, Oliveirense 48-49, fcp 49-62
António Henrique Monteiro da Costa
é um nome incontornável da história do Futebol Clube do Porto. O
jogador «azul e branco» é um dos grandes símbolos do portismo, que
brilhou num período muito complicado do clube, quando aqueles que
estavam longe de ainda serem dragões, viviam à sombra dos feitos de Sporting e Benfica - e até de certa forma o Belenenses - atravessando um longo período de jejum, que só seria quebrado em 1955/56, com Monteiro da Costa como um dos principais responsáveis da conquista.
Foi também o principal herói da vitória por 0x2 em Lisboa, sobre o Benfica,
em 1951, a única vitória - para o campeonato - em que os portistas
venceram as águias fora por mais de um golo de diferença. Só em mais
duas ocasiões - que demoraram décadas a chegar -, os «azuis e brancos»
voltariam a bater o Benfica por mais de um golo de diferença. No histórico 0x5 na Supertaça de 1996 e o 1x3 com que o Porto de Villas-Boas eliminou o Benfica nas meias-finais da Taça de Portugal em 2011.
Primeiros anos
Com dez golos marcados ao Benfica, feito só igualado por Pinga e Fernando Gomes, o capitão Monteiro da Costa ganhou um lugar no coração da família portista. |
Poucos meses depois do seu nascimento, o crash da bolsa de Nova Iorque, arrastou a América, e com ela o mundo para a Grande Depressão. Portugal, já debaixo do jugo de Salazar, pareceu passar um pouco ao lado do tumulto, apesar a pobreza que grassava no país.
Longe das «políticas» de Lisboa e Porto, a província parecia viver num outro tempo. Monteiro da Costa
cresceu longe dessas confusões e desde pequeno que encontrou na bola,
uma companheira e uma amiga. O futebol seria desde tenra idade uma
paixão. Começaria no vizinho Sp. Espinho, jogando depois na Oliveirense,
antes de ser chamado ao FC Porto.
Portista de coração
Na Invicta, o seu coração «azul-e-branco» rejubilou por treinar e
alinhar ao lado de alguns dos seus heróis. Em treze épocas, jogou em
algumas das mais excecionais equipas do FC Porto,
ao lado de verdadeiros craques como o rei das balizas Barrigana, o
mágico Araújo, Miguel Arcanjo, o maravilhoso Hernâni, Jaburu, Carlos Duarte, o leão de Génova Virgílio, Zé Maria Pedroto ou o inconfundível Osvaldo Cambalacho.
Quase que apetece perguntar porque é que o FC Porto não ganhou mais, mas depois lembramos o Sporting dos «cinco violinos» e os golos de Peyroteo. Recordamos o surgir do Benfica de José Águas, Coluna, que fazia antecipar a chegada de Eusébio e era dourada benfiquista...
Quase que apetece perguntar porque é que o FC Porto não ganhou mais, mas depois lembramos o Sporting dos «cinco violinos» e os golos de Peyroteo. Recordamos o surgir do Benfica de José Águas, Coluna, que fazia antecipar a chegada de Eusébio e era dourada benfiquista...
No miolo do meio campo portista, com um pulmão de fazer inveja a colegas e adversários, Monteiro da Costa
era o que se convencionou chamar de «pau para toda a obra», alinhando
em todas as posições em que era necessário, com exceção da baliza.
Capitão goleador
A sua segurança defensiva, fazia com que fosse por diversas vezes
chamado a atuar a central, outras vezes jogava à frente da defesa,
fazendo o papel de «carregador de piano», mas também não tinha pejo em
subir lá à frente, onde marcou 72 golos em 270 jogos com a camisola
azul-e-branca. Entre os seu feitos, contam-se os dez golos apontados ao Benfica, dois deles na famosa vitória, que fazem de Monteiro da Costa, recordista de golos em jogos contra o Benfica, feito partilhado com os igualmente históricos Pinga e o «bibota» Fernando Gomes.
Era um capitão respeitado, figura carismática, um exemplo de dedicação e senhor de uma retidão reconhecida inclusive pelos adversários. A sua dedicação e amor ao clube era tal, que foi considerado um dos primeiros jogadores «à Porto», uma imagem que perdurou no tempo para ilustrar o tipo de jogador «azul-e-branco» com que Zé Maria Pedroto formou a equipa que quebrou o jejum de títulos no fim da década de setenta, e com que Pinto da Costa lançou o clube à conquista do país e do mundo, da década de oitenta em diante.
Seleção e o adeus
Na seleção, vestiu a camisola das quinas em quatro ocasiões, estreando-se precisamente no Estádio das Antas, num empate a uma bola com a Áustria, em novembro de 1952, na primeira de quatro internacionalizações. Despediu-se em novo empate a uma bola, contra a Irlanda do Norte em Alvalade.
No Porto, capitaneou a equipa, até pendurar as botas em 1962. Continuou no clube, treinando as camadas jovens e não negando orientar a equipa principal do clube, em momentos complicados, na década de 1970.
Passou também pelo vizinho Salgueiros, mas o seu coração era 100% azul e branco. Faleceu prematuramente, a 2 de agosto de 1984, deixando enlutada a sua família e toda a nação portista.
Era um capitão respeitado, figura carismática, um exemplo de dedicação e senhor de uma retidão reconhecida inclusive pelos adversários. A sua dedicação e amor ao clube era tal, que foi considerado um dos primeiros jogadores «à Porto», uma imagem que perdurou no tempo para ilustrar o tipo de jogador «azul-e-branco» com que Zé Maria Pedroto formou a equipa que quebrou o jejum de títulos no fim da década de setenta, e com que Pinto da Costa lançou o clube à conquista do país e do mundo, da década de oitenta em diante.
Seleção e o adeus
Na seleção, vestiu a camisola das quinas em quatro ocasiões, estreando-se precisamente no Estádio das Antas, num empate a uma bola com a Áustria, em novembro de 1952, na primeira de quatro internacionalizações. Despediu-se em novo empate a uma bola, contra a Irlanda do Norte em Alvalade.
No Porto, capitaneou a equipa, até pendurar as botas em 1962. Continuou no clube, treinando as camadas jovens e não negando orientar a equipa principal do clube, em momentos complicados, na década de 1970.
Passou também pelo vizinho Salgueiros, mas o seu coração era 100% azul e branco. Faleceu prematuramente, a 2 de agosto de 1984, deixando enlutada a sua família e toda a nação portista.
O tempo da Grande Depressão, que o crash da bolsa de Nova Iorque inaugurou em Outubro de 1929, coincidiu com o período
de transição da Ditadura Militar, iniciada em 28 de Maio de 1926, para
a institucionalização do novo regime político que perduraria até à
Revolução de Abril de 1974.
Após a carreira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para
ajudar o F.C. Porto. Em momentos difíceis da equipa aceitou comandá-la,
como treinador (em parte das épocas 1974/75 e 1975/76). Costa nasceu no
dia 20 de Agosto de 1929.
Um dos chamados "pau para toda a obra", jogador polivalente, ocupou todas as posições excepto a de guarda-redes.
Alinhou frequentemente como defesa-central, evidenciando segurança e
qualidade. Outras posições em que tinha alto rendimento eram as de
médio-ofensivo ou avançado. Concretizava inúmeros tentos nas balizas
adversárias e, nos treze anos em que serviu o F.C. Porto (1949 a 1962),
só no campeonato fez 72 golos em 270 jogos.
Em Janeiro de 1951 foi o herói da extraordinária vitória por 2-0, sobre o S.L. Benfica, no Campo Grande em Lisboa, pois marcou ambos os golos.
Actuou nas equipas excepcionais que, nos anos 50, ganharam 2 Campeonatos e 2 Taças de Portugal. Colaborou com vários treinadores entre os quais os campeões Yustrich e Guttmann, jogou com excelentes futebolistas como Barrigana, Virgílio, Miguel Arcanjo, Osvaldo Cambalacho, Pedroto, Carlos Duarte, Jaburu, Carlos Vieira e Hernâni.
O seu nome figura na lista dos "capitães" mais carismáticos da história
do Futebol Clube do Porto. Foi de uma entrega e dedicação inexcedíveis,
nada regateando ao seu amado clube.
Após a carreira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para
ajudar o F.C. Porto. Em momentos difíceis da equipa aceitou comandá-la,
como treinador (em parte das épocas 1974/75 e 1975/76).
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