A Colômbia joga no Uruguai, terça-feira, cartada relevante no trajeto
para o Mundial-2014. A vitória, de resto, garantirá de imediato a
qualificação para a maior prova de seleções. Se nada de anormal ocorrer,
Juan Quintero será um dos elementos a entrar nas ideias de José
Pekerman.
Luís Bedoya, presidente da federação colombiana, é um admirador confesso do esquerdino e disso mesmo dá conta ao Maisfutebol. «É um jogador com excelentes condições e já está completamente integrado no plano do professor [José Pekerman», diz o dirigente.
Quintero soma 11 internacionalizações pela seleção principal da Colômbia. James Rodríguez, antecessor no FC Porto, é um dos principais responsáveis pelo adiamento no acesso ao onze inicial.
«O Juan Quintero terá um grande futuro. Possui uma qualidade inatacável e além disso é um excelente rapaz. Foi muito bem recebido por todos na seleção e terá, mais cedo ou mais tarde, oportunidades válidas aqui», acrescenta o presidente da Federação Colombiana de Futebol.
Perante tudo isto, a pergunta era obrigatória: a nove meses do Campeonato do Mundo é possível antecipar a convocatória de Juan Quintero para a prova a realizar no Brasil?
«Sim, penso que sim, quero vê-lo no Mundial. A decisão será sempre do selecionador, mas tendo em conta o que vale e as ideias do professor Pekerman, creio que Quintero estará lá. Um jogador destes não pode ser desperdiçado».
Luís Bedoya, presidente da federação colombiana, é um admirador confesso do esquerdino e disso mesmo dá conta ao Maisfutebol. «É um jogador com excelentes condições e já está completamente integrado no plano do professor [José Pekerman», diz o dirigente.
Quintero soma 11 internacionalizações pela seleção principal da Colômbia. James Rodríguez, antecessor no FC Porto, é um dos principais responsáveis pelo adiamento no acesso ao onze inicial.
«O Juan Quintero terá um grande futuro. Possui uma qualidade inatacável e além disso é um excelente rapaz. Foi muito bem recebido por todos na seleção e terá, mais cedo ou mais tarde, oportunidades válidas aqui», acrescenta o presidente da Federação Colombiana de Futebol.
Perante tudo isto, a pergunta era obrigatória: a nove meses do Campeonato do Mundo é possível antecipar a convocatória de Juan Quintero para a prova a realizar no Brasil?
«Sim, penso que sim, quero vê-lo no Mundial. A decisão será sempre do selecionador, mas tendo em conta o que vale e as ideias do professor Pekerman, creio que Quintero estará lá. Um jogador destes não pode ser desperdiçado».
James vs. Quintero: «um é cérebro, o outro é explosão»
A definição é feita ao Maisfutebol pelo homem que os lançou no futebol profissional; concorda com a comparação?
Ano da graça de 2006: James Rodríguez faz o primeiro jogo nos seniores
do Envigado FC. Tem apenas 14 (!) anos e é lançado por Óscar
Aristizabal. Sete temporadas depois, o esquerdino é uma das estrelas do
magnata Dmitri Rybolovlev, no ostensivo AS Mónaco.
Ano de 2009: Juan Fernando Quintero surge pela primeira vez na equipa principal do mesmo Envigado FC. Óscar Aristizabal, treinador e formador, aposta na irreverência de um adolescente com 16 anos. Quatro épocas volvidas, Juanfer é arma letal de Paulo Fonseca no FC Porto.
Não é difícil perceber que o maestro Aristizabal conhece como ninguém James e Quintero. Daí a pergunta do Maisfutebol: o que os une, o que os separa?
«Eu diria que o James é mais cerebral e o Quintero mais explosivo. Essa é uma das diferenças. Há mais, porém», conta, bom conversador, Óscar Aristizabal.
«O James é um jogador de maior sacrifício. Tem noções táticas mais sólidas, sempre foi assim. De todo o modo, o Quintero melhorou radicalmente esse item do seu futebol. Vejo-o no FC Porto mais competitivo e dinâmico», clarifica o tutor desportivo dos dois colombianos.
Há diferenças, como vemos, mas ainda mais semelhanças entre um e outro. «Tecnicamente são similares. Desde niños mantêm uma relação facílima com a bola, uma relação de amor. São fortes no passe curto e longo, além de rematarem muito bem».
No mês de julho, logo após a contratação de Quintero, o presidente do Envigado FC traçava ao nosso jornal a comparação entre os dois esquerdinos. Felipe Paniagua defendia o seguinte:
«James joga melhor na ala do que o Juan. Quintero é um dez puro. Não é tão forte sem bola, mas com a bola nos pés faz maravilhas. Tem uma técnica impressionante e é muito inteligente».
Fora dos relvados, James e Quintero têm a sorte de beneficiar de «um bom enquadramento familiar». «Há uns anos os colombianos saíam do país e perdiam-se. Agora é diferente. Noto neles comportamentos muito evoluídos», refere Óscar Aristizabal.
Ano de 2009: Juan Fernando Quintero surge pela primeira vez na equipa principal do mesmo Envigado FC. Óscar Aristizabal, treinador e formador, aposta na irreverência de um adolescente com 16 anos. Quatro épocas volvidas, Juanfer é arma letal de Paulo Fonseca no FC Porto.
Não é difícil perceber que o maestro Aristizabal conhece como ninguém James e Quintero. Daí a pergunta do Maisfutebol: o que os une, o que os separa?
«Eu diria que o James é mais cerebral e o Quintero mais explosivo. Essa é uma das diferenças. Há mais, porém», conta, bom conversador, Óscar Aristizabal.
«O James é um jogador de maior sacrifício. Tem noções táticas mais sólidas, sempre foi assim. De todo o modo, o Quintero melhorou radicalmente esse item do seu futebol. Vejo-o no FC Porto mais competitivo e dinâmico», clarifica o tutor desportivo dos dois colombianos.
Há diferenças, como vemos, mas ainda mais semelhanças entre um e outro. «Tecnicamente são similares. Desde niños mantêm uma relação facílima com a bola, uma relação de amor. São fortes no passe curto e longo, além de rematarem muito bem».
No mês de julho, logo após a contratação de Quintero, o presidente do Envigado FC traçava ao nosso jornal a comparação entre os dois esquerdinos. Felipe Paniagua defendia o seguinte:
«James joga melhor na ala do que o Juan. Quintero é um dez puro. Não é tão forte sem bola, mas com a bola nos pés faz maravilhas. Tem uma técnica impressionante e é muito inteligente».
Fora dos relvados, James e Quintero têm a sorte de beneficiar de «um bom enquadramento familiar». «Há uns anos os colombianos saíam do país e perdiam-se. Agora é diferente. Noto neles comportamentos muito evoluídos», refere Óscar Aristizabal.
FC Porto: as portas de Quintero no acesso ao onze
Óscar Aristizabal lançou-o aos 16 anos; ao Maisfutebol diz como o prodígio colombiano mais gosta de jogar
Pouco mais de 100 minutos serviram para Juan Quintero certificar a
ambição de ser titular do FC Porto. Paulo Fonseca pede paciência, fala
em processo de adaptação, mas não há forma de esconder um talento
demasiado grande para o banco de suplentes.
O menino colombiano, resgatado ao modesto Pescara, faz de cada minuto uma entusiasmante prova de vida. Assume o risco e o prazer de tocar a bola. Um pouco por todo o lado, entre adeptos e opinion makers, o veredito é comum: falta pouco para entrar no onze.
Ora, o Maisfutebol foi perceber todos os caminhos possíveis para a entrada na equipa principal. Para isso ouvimos um homem que o conhece desde os 13 anos. Óscar Aristizabal foi o treinador responsável pela estreia de Quintero nos seniores do Envigado.
«Com 14 anos e meio veio ter comigo e pediu uma oportunidade para treinar com os seniores. Nunca conheci ninguém com tamanha auto-confiança», conta Aristizabal ao nosso jornal.
«Passei a levá-lo uma vez por semana aos treinos da equipa sénior. Lancei-o contra o Independiente e o Juanfer respondeu como eu esperava. Aliás, nesse jogo fez logo uma jogada do outro mundo».
PLANO A: Quintero na posição 10
Quando Juan Quintero entrou na equipa do Envigado, Óscar Aristizabal colocou-o na sua «posição natural». «Jogávamos em 4x3x1x2. Ele era o enganche e é aí que mais gosta de jogar, no apoio aos avançados».
Com 16 anos, Quintero tornou-se rapidamente «no maior desequilibrador» do conjunto. «Não tinha grande dinamismo ainda e recuava demasiado à procura da bola. Tanto assim é que acabei por aproveitá-lo em alguns jogos como médio de transição. Mas afastá-lo da frente é limitar-lhe o talento. Deixei cair essa ideia por terra», confessa Óscar Aristizabál.
No FC Porto, para jogar no lugar favorito, Quintero terá de forçar Lucho a dar uns passos atrás. Defour seria, à partida, o sacrificado.
O menino colombiano, resgatado ao modesto Pescara, faz de cada minuto uma entusiasmante prova de vida. Assume o risco e o prazer de tocar a bola. Um pouco por todo o lado, entre adeptos e opinion makers, o veredito é comum: falta pouco para entrar no onze.
Ora, o Maisfutebol foi perceber todos os caminhos possíveis para a entrada na equipa principal. Para isso ouvimos um homem que o conhece desde os 13 anos. Óscar Aristizabal foi o treinador responsável pela estreia de Quintero nos seniores do Envigado.
«Com 14 anos e meio veio ter comigo e pediu uma oportunidade para treinar com os seniores. Nunca conheci ninguém com tamanha auto-confiança», conta Aristizabal ao nosso jornal.
«Passei a levá-lo uma vez por semana aos treinos da equipa sénior. Lancei-o contra o Independiente e o Juanfer respondeu como eu esperava. Aliás, nesse jogo fez logo uma jogada do outro mundo».
PLANO A: Quintero na posição 10
Quando Juan Quintero entrou na equipa do Envigado, Óscar Aristizabal colocou-o na sua «posição natural». «Jogávamos em 4x3x1x2. Ele era o enganche e é aí que mais gosta de jogar, no apoio aos avançados».
Com 16 anos, Quintero tornou-se rapidamente «no maior desequilibrador» do conjunto. «Não tinha grande dinamismo ainda e recuava demasiado à procura da bola. Tanto assim é que acabei por aproveitá-lo em alguns jogos como médio de transição. Mas afastá-lo da frente é limitar-lhe o talento. Deixei cair essa ideia por terra», confessa Óscar Aristizabál.
No FC Porto, para jogar no lugar favorito, Quintero terá de forçar Lucho a dar uns passos atrás. Defour seria, à partida, o sacrificado.
PLANO B: Quintero a partir da direita
A outra opção, também verosímil, passaria por fazer de Quintero uma versão B de James Rodríguez. Ou seja, jogaria a partir da linha, mas sem ser um extremo puro. Óscar Aristizabál vê esta opção com menos agrado.
«Alguém tão forte tecnicamente pode sempre jogar dessa maneira, mas o Juanfer não é um ala, não é um jogador de linha. Pode partir daí, sim, e movimentar-se para terrenos centrais, até por ser um bom rematador», resume.
A outra opção, também verosímil, passaria por fazer de Quintero uma versão B de James Rodríguez. Ou seja, jogaria a partir da linha, mas sem ser um extremo puro. Óscar Aristizabál vê esta opção com menos agrado.
«Alguém tão forte tecnicamente pode sempre jogar dessa maneira, mas o Juanfer não é um ala, não é um jogador de linha. Pode partir daí, sim, e movimentar-se para terrenos centrais, até por ser um bom rematador», resume.
in "maisutebol.iol.pt"
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