Dragões bateram Gil Vicente por 5-1, com Casemiro, Martins Indi, Brahimi, Óliver e Jackson como marcadores
Com cinco golos de grande qualidade técnica, o FC Porto goleou o Gil Vicente por 5-1 e colocou-se provisoriamente a três pontos do líder Benfica. No primeiro jogo de 2015, os portistas (melhor ataque da Liga portuguesa, com 36 tentos) brindaram os adeptos com uma pergunta difícil: qual dos golos em Barcelos foi o mais bonito. Terá sido a bomba de Casemiro, o calcanhar de Martins Indi, o vólei de Brahimi, o chapéu de Óliver ou o remate em arco de Jackson? Diga-se ainda que, ao fechar o marcador, o colombiano não só aumentou a sua vantagem como líder dos marcadores da prova (tem agora 12 golos), mas passou ainda a ser o segundo melhor marcador estrangeiro de sempre dos Dragões, com 79 golos em 117 jogos.
Os primeiros minutos do jogo até foram favoráveis ao Gil Vicente, que aplicou uma pressão alta sobre a saída de bola portista que originou alguns erros e proporcionou alguns contra-ataques perigosos à formação de Barcelos. Os dois primeiros sinais de perigo foram da equipa da casa (um cabeceamento de Paulinho ao poste, aos dois minutos, e um outro de Simy que Fabiano defendeu, aos 17), mas, sensivelmente a partir dos 20 minutos, o caso mudou de figura. Os Dragões aumentaram a intensidade, circularam a bola de forma mais curta e as ocasiões de golo foram-se sucedendo. Herrera foi o primeiro a ensaiar os remates e o Gil Vicente foi recuando, permitindo até a Jackson isolar-se, aos 31 minutos, mas Adriano deteve a tentativa de chapéu do colombiano. Logo de seguida, foi João Vilela, quase sem querer, a evitar que a bola chegasse a Brahimi para uma finalização que seria fácil.
Porém, seria preciso esperar por uma bomba de Casemiro para levar pela primeira vez os gilistas ao tapete. Aos 36 minutos, o médio brasileiro apontou o seu segundo golo na Liga portuguesa com um remate a 102 km por hora, de acordo com os dados da transmissão televisiva. Estava aberto o caminho para o triunfo, com Jackson a ficar perto do segundo golo logo no minuto seguinte e, depois, com a expulsão de Jander (segundo amarelo, por falta claríssima sobre Brahimi) a facilitar ainda mais a missão dos portistas. Só nos balneários, ao intervalo, o Gil Vicente se libertou de uma pressão sufocante.
Parecia claro que, na segunda parte, os portistas, superiores tecnicamente, iriam alargar a vantagem se mantivessem o mesmo compromisso com o jogo. E foi uma equipa azul e branca solta e a desenvolver belos lances de ataque que chegou aos 5-1 no final dos 90 minutos. O 2-0 surgiu de um calcanhar de Martins Indi (mais um para a história do FC Porto!), aos 55 minutos, na recarga a uma defesa de Adriano Facchini, após um pontapé de canto na direita. Brahimi ficou perto do terceiro aos 67, mas o guarda-redes adversário evitou-o de novo e era, nesse momento, o principal responsável por os Dragões não terem ainda chegado à goleada. Mas ela materializar-se-ia mesmo, e com o carimbo do argelino, que desviou para a baliza, de primeira, um cruzamento da direita de Danilo, aos 70. Brahimi despediu-se depois dos adeptos, ao ser substituído por Quintero, já que nas próximas semanas vai representar a sua selecção na CAN, assim como Aboubakar.
Vítor Gonçalves reduziu o marcador para o Gil Vicente, ao fazer o 3-1, mas a a margem portista ainda seria alargada nos últimos 12 minutos. Óliver (que tinha visto o inevitável Adriano "retirar-lhe" um golo que parecia certo aos 50 minutos), fez o 4-1 num lance de grande técnica, em que deixou Pek's momentaneamente sem rins e depois depositou a bola na baliza com um chapéu subtil. O marcador seria fechado por Jackson, com um remate em arco com o pé esquerdo. A única nota negativa foi a expulsão de Alex Sandro, por duplo amarelo, no último minuto, mas o mais importante é que os Dragões demonstraram que estão unidos e fortes para lutar até ao fim pelo título.
in "fcp.pt"
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