segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

DRAGÕES PERDEM NA MADEIRA

Segunda derrota na Liga para os portistas selada por um golo de Rodrigo Gallo, aos 32 minutos

​​​​O FC Porto perdeu, este domingo, com o Marítimo, por 1-0, em partida disputada no Estádio do Marítimo e referente à 18.ª jornada da Liga. Bruno Gallo, aos 32 minutos, marcou o único golo do jogo, num encontro em que o FC Porto foi superior em todos os capítulos do jogo, mas não foi eficaz em frente à baliza de Salin.

SALIN PERSONIFICOU A MALDIÇÃO DA ILHA

FC Porto derrotado na Madeira, diante do Marítimo (0-1), na 18.ª jornada da Liga portuguesa

​O FC Porto perdeu este domingo frente ao Marítimo (0-1), na Madeira, em jogo a contar para a 18.ª jornada da Liga portuguesa. Um golo solitário de Bruno Gallo (32m), numa das raras vezes em que os insulares chegaram com perigo à baliza portista, acabou por fazer toda a diferença. Com mais posse de bola, mais ataques, mais remates e mais cantos, os azuis e brancos fizeram de tudo para sair da ilha com outro resultado, mas a maldição ganhou forma na figura do guarda-redes dos madeirenses.


Num terreno historicamente difícil para o FC Porto, os Dragões entraram fiéis aos seus princípios e desde cedo assumiram as despesas do jogo, fazendo uso da habitual posse e circulação de bola. Sem conceder grandes espaços aos insulares, os portistas deixaram a primeira ameaça logo aos 12 minutos, mas o remate de Casemiro saiu por cima. Quintero, chamado à titularidade à semelhança do que havia acontecido em Braga, foi o protagonista que se seguiu, mas a tentativa do camisola dez saiu ligeiramente ao lado (26m).

No minuto seguinte, Alex Sandro lançou Quaresma e o avançado portista tirou um adversário do caminho antes de rematar à figura de Salin, que lhe voltaria a negar o golo após uma excelente iniciativa individual no flanco direito selada com um remate de trivela (41m). Momentos antes, na primeira vez que chegou perto da baliza à guarda de Fabiano, o Marítimo adiantou-se no marcador por intermédio de Bruno Gallo. O médio maritimista aproveitou o ressalto de um cabeceamento de Maazou prensado nas costas de Martins Indi e, com pé esquerdo e de primeira, desfeiteou Fabiano (32m). Um assomo de injustiça que fez a diferença no primeiro tempo.

O segundo começou com Tello no lugar de Quintero e foi o avançado espanhol que originou o primeiro lance de perigo. Após um canto apontado pelo ex-Barcelona, Casemiro cabeceou para defesa de Salin e, na recarga já dentro da pequena área, Martins Indi “ofereceu” a bola ao guarda-redes dos madeirenses (55m). O FC Porto manteve uma busca incessante pelo empate e este poderia ter chegado pouco depois, mas as intenções azuis e brancas esbarraram no poste e em Salin. Lançado por Jackson Martínez, Tello atirou ao ferro e, na recarga, Quaresma proporcionou nova intervenção ao guardião maritimista, verdadeiramente inspirado (63m).

Já com Gonçalo Paciência a jogar perto de Jackson Martínez, o golo da igualdade continuou, por este ou aquele motivo, a fugir aos Dragões. Óliver Torres voltou a ficar perto de o conseguir com um remate por cima (75m) e Casemiro cabeceou directamente às luvas de Salin (78m). No minuto anterior à oportunidade desperdiçada pelo médio brasileiro, Raúl Silva viu o segundo cartão amarelo e o respectivo vermelho, deixando o Marítimo em inferioridade numérica. A insistir e a persistir, mais de coração do que com razão, o FC Porto procurou quase todos os caminhos para a baliza de Salin, mas até as duas tentativas de Rúben Neves saíram goradas (85m e 87m), tal como a de Tello (88m).


LOPETEGUI: “FIZEMOS O SUFICIENTE PARA GANHAR”

Técnico lamentou a falta de eficácia e também de sorte da equipa portista no jogo da 18.ª jornada da Liga portuguesa

O histórico de confrontos entre FC Porto e Marítimo, na Madeira, fazia prever dificuldades para os Dragões. É verdade que as estatísticas não entram em campo, mas a eficácia e a pontaria são de ouro e esses predicados faltaram, como sublinhou Julen Lopetegui, no final do jogo da 18.ª jornada da Liga portuguesa, em que os portistas somaram – injustamente, nas palavras do treinador – a segunda derrota na competição (1-0).

“Fizemos 24 remates à baliza, mas falhámos oportunidades claríssimas e inacreditáveis. O Marítimo marcou no único remate que fez à baliza em todo o jogo e, no futebol, é premiado quem marca. É evidente que nos faltou eficácia, mas também foi notório que fizemos o suficiente para ganhar o jogo. Tivemos uma bola no poste e o guarda-redes adversário vez várias defesas de excelente nível”, afirmou o técnico espanhol, em declarações no final do encontro disputado este domingo, no Estádio do Marítimo.

Lopetegui considerou que o resultado foi injusto pela forma como os Dragões jogaram e por aquilo que o Marítimo fez (três remates e apenas um à baliza), mas admitiu que o golo maritimista, marcado contra a corrente do jogo, “criou dificuldades à equipa e ao seu próprio jogo”. Na segunda parte, a partida voltou a ser de sentido único, na direcção da baliza de Salin, algo que se tornou mais evidente com as entradas de Gonçalo Paciência e de Rúben Neves, mas os últimos dez minutos não foram do agrado do técnico. “Houve falta de tranquilidade, que acabou por nos prejudicar. Teria sido diferente se a tivéssemos tido e se o árbitro tivesse visto um penálti sobre o Gonçalo”.

O FC Porto pode terminar a primeira jornada da segunda volta do campeonato a nove pontos do líder. A distância, na opinião do técnico basco, ainda é recuperável: “Era uma das saídas mais complicadas que tínhamos, estávamos alertados para isso e para o facto de que termos um campo muito mais difícil do que aquele que o Benfica teve aqui na jornada passada. Estamos tristes, sim, mas ainda é muito cedo para atirar a toalha ao chão. Não vamos desistir, vamos continuar a lutar para poder ganhar os 16 jogos que temos pela frente”, concluiu o treinador portista.


QUARESMA: “VAMOS LUTAR ATÉ AO FIM”

​Extremo portista garante que, apesar da derrota, a equipa não vai desistir de lutar pelo título até ao final da Liga

​O FC Porto saiu, este domingo, do Estádio do Marítimo sem os três pontos e com uma mão cheia de oportunidades que não foi capaz de concretizar. Quaresma lamentou a falta de pontaria dos Dragões, mas assegurou que a derrota não vai fazer a equipa atirar a toalha ao chão.


“Fizemos de tudo para ganhar, tivemos os 90 minutos sempre em cima do Marítimo, dispusemos de inúmeras oportunidades, mas não as concretizámos. Infelizmente, o Marítimo fez um golo no único remate que fez”, afirmou o dono da camisola sete dos Dragões.

No arranque da segunda volta do campeonato, o FC Porto poderá ficar a nove pontos de distância do primeiro lugar, mas Quaresma garante que a equipa não vai desistir. “Apesar de estar mais difícil, não vamos deitar a toalha ao chão, até porque ainda há muito pela frente. Vamos lutar até ao fim, há que continuar a trabalhar e a honrar esta camisola”.


in "fcp.pt"

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