Helton
Concentração máxima em todos os lances. Se nos cantos revelou segurança a agarrar a bola ou a socá-la, entre os postes evidenciou-se ao parar dois remates de Carlos Martins, um na primeira e outro na segunda parte, e ainda outro de Saviola. Importantíssimo para garantir a inviolabilidade das redes na noite em que foi capitão. Muitas vezes saiu da baliza e foi aconselhar calma aos companheiros em situações de stress e falar com o árbitro.
Sapunaru
Duelo interessante com Fábio Coentrão, com mais lances ganhos do que perdidos. Bem no jogo aéreo, aproximou-se dos centrais quando foi preciso afastar o perigo da área. Subiu ao ataque e protagonizou um remate-surpresa, cheio de estilo, que Roberto afastou para canto aos 23'. Saiu, lesionado, aos 74' por troca com Miguel Lopes.
Rolando
Boa exibição do internacional português, coroada com um golo de cabeça, num golpe que surpreendeu Roberto logo aos 3'. Foi o patrão da defesa, mostrando muita rapidez na leitura dos lances e controlo do jogo aéreo. Tinha falado em buraco com a saída de Bruno Alves, mas a verdade é que, juntamente com Maicon, preencheu-o bem. O golo deu-lhe muita confiança e tranquilidade.
Maicon
Se o brasileiro teve uma ou outra falha durante a primeira parte, também foi verdade que afastou o perigo muitas vezes ao longo de todo o jogo. Corpulento, soube impor o físico no jogo aéreo e não deu veleidades a Cardozo na área portista. O bom entendimento manifestado com Rolando parece dar garantias para o futuro, sossegando um sector sensível da equipa.
Álvaro Pereira
Apenas 90 minutos divididos por dois jogos na pré-época, no Torneio de Paris, foram suficientes para o internacional uruguaio aguentar a Supertaça toda em ritmo acelerado. E não deixou de subir ao ataque, com algumas arrancadas vigorosas depois de manter em segurança a retaguarda. Só mais uma coisa: iniciou a jogada do segundo golo ao mandar subir Varela e meter-lhe a bola com precisão no espaço vazio. Um pormenor importantíssimo que resultou no golo que sossegou a equipa.
Fernando
Bem posicionado, foi um muro na zona central e recuperou muitas bolas. Depois veio o melhor. Saiu a jogar com a bola controlada, solto e desinibido, escolhendo ora passe ora a progressão no relvado. Bem diferente do Fernando da época passada.
Belluschi
Dos vários cantos que marcou, o primeiro resultou em golo. Sempre a trocar de posição com João Moutinho, foi um dos responsáveis pela boa circulação e posse de bola e, também por isso, um alvo das entradas dos benfiquistas. Sem bola, deu uma ajuda a Fernando na pressão sobre o adversário. Três remates para fora, todos durante a primeira parte.
João Moutinho
Iniciou a jogada que resultou em canto e no primeiro golo portista, partindo para uma actuação em que se notou a boa capacidade de passe e leitura de jogo. Entregou-se à partida com muita raça, fazendo recuperações, e surgiu também na zona de finalização. Aos 44' teve o golo nos pés, mas Luisão deu o corpo à bola junto à baliza de Roberto.
Hulk
Andou a tentar o golo durante todo o jogo, mas não teve a pontaria afinada. O brasileiro começou bem, com uma finta e um cruzamento a partir da direita para Varela desperdiçar a primeira oportunidade de golo do jogo, e depois protagonizou alguns remates tortos. Mas, mesmo sem essa definição nítida do remate, notou-se que foi uma dor de cabeça constante para a defesa benfiquista, que nunca sabia muito bem o que ia sair dos pés do brasileiro. Aos 44' voltou a evidenciar-se com um cruzamento perigoso para João Moutinho rematar contra Luisão. Na segunda parte esteve mais apagado, não conseguindo desequilíbrios, a não ser num remate enrolado aos 63'.
Falcao
Marcou o primeiro golo da temporada e que golo, depois de uma pré-época em branco. Viu a aceleração de Varela pela esquerda, correu para a área e antecipou-se que nem uma flecha a Airton, metendo o pé para um golo impetuoso, festejado como se um fardo tivesse acabado de cair dos ombros. O jogo do colombiano foi de paciência, moendo os centrais na procura de espaços e andando, muitas vezes, longe da área. Recuou para procurar tabelas e servir a entrada dos médios. Na área poucas ou nenhumas oportunidades teve para bater Roberto. Mas quando teve, marcou. Eficácia máxima.
Rodríguez
Entrou aos 68' para o lugar do estourado Varela, que um minuto antes oferecera o golo a Falcao, e tentou ser incisivo quando o Benfica procurava a redução no marcador. Teve espaços e tentou o golo com dois remates. Um deles foi uma autêntica bomba, com a bola a sair ligeiramente por cima da barra. Andou na esquerda e também na direita, procurando ganhar ritmo físico para lutar com Varela por um lugar no onze. A vantagem é do português.
Miguel Lopes
Substituiu Sapunaru na recta final do jogo e a equipa não perdeu segurança defensiva, nem profundidade no ataque pelo lado direito. Fez alguns cortes na área e saiu a jogar, combinando com Rodríguez.
Raul Meireles
Primeiros minutos absolutos na época quando continua com a porta da saída aberta. Entrou para o lugar de João Moutinho e foi o médio do costume: pouco tempo com a bola nos pés, passes para transições rápidas e fluidez da equipa. E levantou o primeiro troféu da temporada, quem sabe o seu último.
in "ojogo.pt"
1 comentário:
Grande Porto! Estivemos superiores nos 90 minutos e deixamos a galinha de rastos. A natural arrogância desses lampiões levou o primeiro abalo da época...
Só faltaram umas expulsões de Cardozo na 1ª parte e C.Martins na 2ª. Inadmissível!
Enviar um comentário