sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Carrossel competitivo abre equipa

Mobilização geral no dragão. É chegado o tempo de André Villas Boas accionar de vez o plano de rotatividade na equipa, dado o calendário começar a apertar.

Não tanto para já, embora os próximos três desafios - antes do interregno do campeonato para mais uma jornada das selecções para o Europeu de 2012 - tenham entre si um tempo de recuperação extremamente curto, resumido a três dias, mas sobretudo a partir do dia 17 de Outubro, na terceira eliminatória da Taça de Portugal, onde o FC Porto, e não só, entra já em competição, desconhecendo-se por enquanto o adversário que irá defrontar.

«Vem aí um mês complicado», admitiu ontem na conferência de Imprensa Villas Boas, sem esquecer que neste, em Setembro, depois de defrontar amanhã o Olhanense, a equipa portista tem duas complicadas deslocações aos estádios do CSKA de Sofia e do V. Guimarães. «Vamos fazer mudanças, e em todos os sectores, sob pena de a equipa poder vir a acusar algum cansaço». Quando é que começará a operar as mudanças é que não revelou. É segredo, tão secreto como as combinações que terá já em mente.

A partir de 17 de Outubro, e até 7 de Novembro, data em que tem lugar no Dragão o palpitante duelo com o Benfica, a formação de Villas Boas terá de fazer 22 jogos, também com três dias de intervalo entre os respectivos encontros, um deles em Istambul, com o Besiktas, a 21 de Outubro, daí que da partida da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal possa vir a ser antecipada.

E é este carrossel diabólico de jogos que obrigará o treinador portista a abrir mão das suas habituais escolhas, o que poderá comprometer o processo de mecanização do novos processos de jogo. Em contrapartida, também permitirá (re)descobrir diferentes combinações e soluções, assim como oferecer novas oportunidades a jogadores que estão longe de se constituírem como segunda linha, pelotão de elite que tem ficado de fora ou é ainda pouco utilizado, como Rúben Micael, Souza, Rodriguez, Guarín, Fucile, Ukra.

E depois ainda sobram os outros, aqueles que nem sequer ainda se estrearam na Liga: Otamendi, Walter, Castro, James. Só para referir os nomes mais sonantes, porque estão ainda de prevenção Sereno, Emídio Rafael e, lá mais para a frente, quando se encontrar em condições, Mariano...

Portanto, e mesmo que a gestão de uma equipa seja sempre algo muito complexo, que mexe com tudo e com todos, Villas Boas nem se pode queixar por aí além nesta hora de abrir a equipa à rotação de jogadores. É que nem sequer tem uma segunda linha definida. São quase todos de primeira!
 
in "abola.pt"

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