PINTO DA COSTA E RUI ALVES ENTENDEM-SE EM NOME DOS NEGÓCIOS
Foi em 1994 que Rui Alves tomou posse como presidente do Nacional da Madeira, mas demorou quase uma década até que surgisse um negócio de relevo com o FC Porto. O líder dos alvinegros mantém com Pinto da Costa uma relação que conheceu altos e baixos ao longo dos anos. Todavia, quando chega a hora da defesa dos interesses, o responsável madeirense tem reconhecido a SAD azul e branca como uma parceira privilegiada para realizar bons negócios.
Basta atentar nas duas movimentações mais recentes da Choupana para o Dragão para ficarem expostos os dois lados da medalha. Na questão de Maicon, que o FC Porto conduziu negociando com o Cruzeiro, que detinha o passe do defesa-central, Rui Alves alegava deter direitos desportivos sobre o jogador e procurou levantar dificuldades que, a dada altura, pareciam ser capazes de emperrar a transferência. Após uma fase de troca de argumentos, o transação avançou através do emblema de Belo Horizonte, como se antevia.
Já quanto a Ruben Micael, um médio muito pretendido mas que o FC Porto soube resgatar com celeridade e eficácia, mantém-se uma verdadeira parceria entre os clubes. O Nacional recebeu 3 milhões de euros à cabeça por 60% do passe do jogador. Todavia, desde que ele faça pelo menos 20 jogos de azul e branco numa mesma temporada, os alvinegros recebem de imediato mais 2 milhões.
Em qualquer cenário, Rui Alves garantiu sempre, para o seu emblema uma fatia de 20% dos direitos desportivos que ficam reservados no sentido de prever uma eventual transferência futura, que permitiria arrecadar ainda maiores dividendos. É por isso que aos adeptos do Nacional interessa que Ruben Micael garanta a titularidade, chegue à Seleção e brilhe na Liga Europa, dado que isso poderá valer a entrada de mais alguns milhões nos cofres.
Como não podia deixar de ser, a conexão nacionalista que abastece os dragões ganhou corpo com a intensa polémica à volta de Paulo Assunção, que voltou costas ao Sporting e preferiu o FC Porto, que no pacote também adquiriu Rossato. “O Sporting teve 5 dias, enquanto o FC Porto tratou de tudo num dia”, justificou Rui Alves em julho de 2004.
O ponta-de-lança Adriano não foi propriamente uma troca direta mas, após uma curta passagem pelo Brasil, chegou ao FC Porto aureolado pelos seus golos no Nacional.
in "record.pt"
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