segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dragão acelera a 300



O F. C. Porto prepara-se para dobrar mais uma barreira e atingir um número expressivo no plano europeu. Na quinta-feira, a recepção ao Rapid de Viena não será só mais um desafio na Liga Europa. Será o 300.º jogo internacional dos dragões.

Há quase 54 anos, no dia 20 de Setembro de 1956, o F. C. Porto rasgou os horizontes nacionais e deu-se a conhecer à Europa do futebol. Recebeu o Atlético de Bilbau no extinto Estádio das Antas e iniciou, assim, uma caminhada fulgurante no plano internacional com resultados bem guardados na memória. Seis troféus no museu atestam as competências dos dragões no estrangeiro: duas Taças Intercontinentais, outras tantas dos Campeões Europeus, uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia. É um registo de respeito e sem paralelo a nível nacional.

Mas o desafio de estreia nas provas internacionais não foi nada saboroso. A falta de traquejo dos dragões esteve na origem de uma derrota, por 2-1, diante do conjunto basco, apesar de desfilarem no relvado os nomes de José Maria Pedroto, Hernâni, Jaburu e Virgílio. Disputava-se a Taça dos Campeões Europeus e aquele foi o primeiro suspiro de um clube, que ainda não tinha consolidado as bases de afirmação. Gaínza abriu o marcador, depois José Maria empatou e Canito fez o resultado final. Em Bilbau, os azuis e brancos perderiam por 3-2 e seriam eliminados.

Rasgar horizontes nos anos 80

Só depois de 1974/75, os dragões passaram a afirmar-se de forma mais consistente além-fronteiras. A partir daí, acumulam um registo consecutivo de presenças nas competições europeias e os primeiros picos de êxito seriam alcançados na década de 80 do século passado. A presença na final da extinta Taça das Taças, em 1983/84, é o primeiro sinal de crescimento sustentado, apesar de o jogo ter sorrido à Juventus. Depois da valsa em Viena, onde o F. C. Porto ganhou a Taça dos Campeões Europeus ao Bayern Munique, outros êxitos se seguiriam no presente milénio com a conquista da Taça UEFA e da Liga dos Campeões. O F. C. Porto também mantém registos curiosos, apesar de serem ofuscados pelos troféus e estarem algo escondidos na memória. Entre 1975/76 e 1987/88, por exemplo, o dragão esteve 29 jogos sem perder em casa. E só viria a ser travado pelo Real Madrid (2-1), na segunda eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, curiosamente, quando defendia o troféu.

Ao completar 300 jogos internacionais diante do Rapid Viena, (Grupo L da Liga Europa), os portistas continuam no peugada do Benfica, a equipa portuguesa com mais desafios além-fronteiras. Contabiliza 325 encontros.

in "jn.pt"

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