O F. C. Porto continua imparável. À sexta jornada, é a primeira vez que o líder da Liga goza de uma vantagem tão grande em relação ao segundo classificado. São sete pontos de distância. Caso único desde 1995/96, quando os triunfos passaram a valer três pontos.
A contabilidade do F. C. Porto é simples: seis jogos, outras tantas vitórias e a liderança folgada no campeonato. São sete pontos de vantagem sobre a Académica, o Braga e o Vitória de Guimarães, os mais directos perseguidores. O triunfo sobre o Olhanense (2-0) projectou o dragão para horizontes ainda mais destacados e surgiu como uma boa janela de oportunidade face ao deslize dos vimaranenses em Coimbra, onde perderam a segunda posição isolada. Como consequência, o fosso aumentou de quatro para sete pontos.
Desde que as vitórias valem três pontos, a partir da época 1995/96, o F. C. Porto de Jesualdo Ferreira gozava do estatuto de ser o líder mais folgado à sexta jornada. Em 2007/98 também só somava vitórias e tinha cinco pontos de vantagem em relação ao Marítimo, na altura o segundo classificado. Mas André Villas-Boas já bateu a margem máxima do agora treinador do Málaga e continua na peugada de outros recordes pessoais em arranques da Liga.
Perto de igualar Jesualdo
Na visita ao terreno do Vitória de Guimarães (de hoje a uma semana, 21.15 horas, TVI), ou seja, já na próxima jornada, o jovem treinador portista pode igualar Jesualdo Ferreira e somar a sétima vitória seguida no início da Liga. O registo remonta precisamente à época 2007/08, quando a marcha do professor só foi interrompida, em casa, diante do Belenenses (1-1). Mas André Villas-Boas já disse que não está obcecado em bater recordes. Nesse aspecto, há que ressalvar os 13 triunfos seguidos de Miguel Siska (1939/40), que se traduzem no melhor arranque de sempre da história do F. C. Porto. Será possível batê-lo?
Adversários jogam fora
A verdade é que na próxima jornada, o F. C. Porto tem um jogo difícil e pode aumentar (ou não) o fosso pontual em relação aos concorrentes. Joga no terreno do Vitória de Guimarães, um dos segundos classificados, e tem a possibilidade de deixar um rival directo ainda mais afastado. Os outros dois adversários nestas contas actuam fora de portas. O Braga desloca-se ao reduto do Benfica, um jogo difícil até pela animosidade acesa entre as duas equipas, enquanto a Académica defronta o União de Leira, uma espécie de dérbi da zona centro e que transporta alguma rivalidade entre os dois emblemas.
Benfica a nove pontos
Por razões históricas, o Benfica é o grande rival do F. C. Porto e a classificação é bastante clara: à sexta jornada, os encarnados têm menos nove pontos em relação aos dragões. Desde 1995/96, quando as vitórias passaram a valer três pontos, esta não é a maior diferença entre ambos nos seis primeiros jogos. Em 1997/98, os azuis e brancos tinham 16 pontos, enquanto as águias apenas amealharam seis. Portanto, havia uma diferença de dez entre os dois.
O F. C. Porto está bem lançado, mas como lembrou André Villas-Boas, depois do jogo com o Olhanense, o Braga ganhou sete desafios a abrir o campeonato, na época passada, e não foi campeão. Mas os dragões têm outro traquejo e gozam de uma maior vantagem pontual...
in "jn.pt"
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