Eventual queixa abrirá processo aos dragões, mas insulares ainda não decidiram.
Carlos Pereira, presidente do Marítimo, prometeu em Julho accionar uma queixa formal contra o FC Porto por causa do jogador Kléber, que era desejado no Estádio do Dragão. Caso o dirigente máximo dos insulares cumpra essa promessa, os azuis-e-brancos poderão perder três pontos na actual edição do campeonato.
Segundo informações recolhidas, os maritimistas estão ainda à espera do que vai acontecer nas próximas semanas, nomeadamente no que diz respeito ao futebolista, para então decidir o que fazer. Com contrato de empréstimo ao Marítimo ainda em vigor - é válido até 2011 -, o avançado brasileiro, que está a treinar no Atlético Mineiro, do Brasil, é esperado no Funchal para cumprir o respectivo vínculo.
Caso Kléber não surja nos Barreiros, o Marítimo, sabe o DN, vai exigir uma indemnização, quer ao atleta, quer ao Atlético Mineiro, clube que detém o passe e que tentou negociar Kléber.
Quanto à queixa a fazer dos azuis-e-brancos, essa, disse ao DN fonte do clube insular, ainda "está na gaveta". O Marítimo está a estudar todas as possibilidade, mas há quem considere que "não há provas concretas de aliciamento".
Ontem, a edição do Diário de Notícias da Madeira dava conta da existência de "documentos que podem comprometer a SAD portista, entre os quais o facto de ter direito de opção na compra do passe do jogador no final do empréstimo, portanto uma cláusula que não foi respeitada". No entanto, segundo informações recolhidas, esses mesmos documentos "dificilmente fazem prova do aliciamento", disse fonte da Liga ao DN.
Surgiram também rumores dando conta de que o Marítimo estava mesmo a ser alvo de pressões por parte de alguns clubes da primeira liga portuguesa para avançar com um processo contra o FC Porto, mas tal informação foi negada ao DN por um elemento da estrutura insular.
O DN tentou também entrar em contacto com o futebolista, actualmente no Brasil, que até à hora do fecho desta edição se manteve incontactável.
O regulamento disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), cuja última actualização aconteceu a 30 de Junho deste ano, é bem esclarecedora no que diz respeito à penalização a aplicar em casos de aliciamentos, estando prevista uma pena de perda de três pontos para o clube que aliciar um futebolista que tenha vínculo a outro clube.
Segundo está estipulado no Artigo 66.º A do regulamento, referente ao aliciamento a jogadores e treinadores, "o clube que induzir um jogador ou um treinador de outro Clube a rescindir o seu contrato de trabalho e/ou celebrar com os mesmos qualquer acordo que vise a celebração de um contrato de trabalho ou promessa de trabalho, fica impedido de, durante a época desportiva seguinte, registar qualquer contrato de trabalho com esse jogador ou treinador e, cumulativamente, será o Clube punido com a subtracção de três pontos por cada jogador ou treinador aliciado, sendo esta pena aplicada na época em curso do trânsito em julgado".
in "dn.pt"
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