Um estudo da analista financeira Deloitte publicado ontem em Inglaterra demonstra que 2010 foi o ano em que se gastou menos dinheiro em transferências de jogadores desde 2006. Um sinal de crise que também teve reflexos em Portugal onde mesmo os maiores negócios ficaram longe de corresponder às expectativas dos clubes e à ambição das respectivas cláusulas de rescisão. Por isso mesmo, é inevitável considerar a transferência de João Moutinho para o FC Porto como o negócio mais relevante do último defeso. Desde logo, porque foi um bom negócio para todas as partes envolvidas. Para o FC Porto que previu e colmatou atempadamente a saída de Raul Meireles; para João Moutinho que encontrou um espaço de afirmação e motivação que já não tinha em Alvalade; mas também para o Sporting, que recebeu um valor justo por um jogador com o qual já não contava; e finalmente para Nuno André Coelho que foi integrado no negócio e se tem afirmado como uma das figuras da equipa de Paulo Sérgio. A prova, afinal, de que, apesar da sua irresistível tendência para os processos kafkianos, no futebol português também há lugar para o bom senso.
Jorge Maia
in "ojogo.pt"
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