quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Villas-Boas: «Na Supertaça não falou sobre arbitragens»



André Villas-Boas respondeu ao princípio da tarde às afirmações de Luís Filipe Vieira sobre o trabalho das equipas de arbitragens nas primeiras jornadas do campeonato, proferidas ontem em entrevista à SIC.

"Não sei a que arbitragens o presidente do Benfica se refere, se as dos jogos do Benfica, se as do FC Porto. Já tinha referido, no final do jogo com o Rio Ave, que era natural que com a paragem no campeonato as arbitragens fossem o entretenimento, mas estranho que no jogo da Supertaça não tenho falado sobre elas e sobre determinados lances que foram claros", comentou.

Desafiado a explicar o mau arranque de época, Luís Filipe Vieira não hesitou em apontar o dedo aos homens do apito. “Não gostaríamos de falar de arbitragem, mas factos são factos... Basta registar que, nas primeiras jornadas, existiu uma grande dualidade de critérios, só precisam de fazer as contas. A equipa não desiludiu, o treinador é o mesmo e a maioria dos jogadores também. A única coisa que desejo é que cenas de violência como as que assistimos quando fomos ao norte não se repitam, e que as arbitragens comecem a ser isentas. Não foi que se passou na 1.ª e 2.ª jornadas do campeonato. Cuidado com as arbitragens...”, disse.

Villas-Boas pede celeridade no "caso Queiroz"
 
Como não podia deixar de ser, o tema Carlos Queiroz também passou pela sala de imprensa do Olival. André Villas-Boas juntou-se ao coro que pede uma resolução do caso Carlos Queiroz no sentido de salvaguardar a Seleção Nacional.

"Que tudo se resolva. Seja para um lado ou para o outro. O ambiente não está bom e não motiva quem joga pela Seleção. Sem estabilidade, ninguém consegue render a um patamar elevado. Só peço a celeridade dos processos. Se Queiroz deve ficar? Guardo para mim essa opinião e prefiro não partilhá-la devido ao cargo que ocupo", concluiu.

Villas-Boas: «Deixar Sp.Braga desconfortável»

André Villas-Boas projetou o duelo de sábado, com o Sp. Braga, considerando os arsenalistas "candidatos ao título", pelo que deixou no ar o aviso. "Trata-se de um adversário que respira motivação. Por isso, tanto o FC Porto como os restantes adversários não serão apanhados desprevenidos em relação a esta época. Anteriormente, vigorava a ideia de que o Sp. Braga, mais cedo ou mais tarde, acabaria por perder pontos e ficar para trás. Agora, tudo faremos para os deixar numa posição desconfortável logo à 4ª jornada", afiançou, sustentando que não será permitido "o mínimo erro ou relaxamento" de forma a que seja alargada a essa margem pontual sobre os minhotos dos 2 pontos atuais para 5 no caso de triunfo dos dragões.



Após o interregno, o técnico acredita que a equipa vai manter-se a um nível elevado. "A paragem nem sempre ajuda as dinâmicas que estão construídas. Até porque temos jogadores que vieram de deslocações, como o Falcão, que chegou exausto mas ficará fresco até à hora do jogo. Acredito que conseguiremos estar bem exibicionalmente e também obter um resultado positivo", vincou.

Especialmente agradável para o jovem líder técnico portista é o facto de defrontar Domingos Paciência, que o marcou enquanto adepto do FC Porto. "Se calhar, foi o jogador que espoletou o meu início de carreira", admitiu Villas-Boas entre sorrisos. "Com o meu atrevimento de adolescente aproveitei o facto de Bobby Robson morar no meu prédio para reclamar pelo facto de Domingos, na altura, não estar a jogar pelo FC Porto. Admirei sempre as suas qualidades, por isso é bom que ele não jogue. Aprecio as suas qualidades como líder e treinador", asseverou.

in "record.pt"

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