sábado, 9 de outubro de 2010

Alvaro Pereira descansa na Taça de Portugal

A política de rotatividade que André Villas-Boas adotou no FC Porto ainda não abrangeu a lateral esquerda. Nesse posto, Alvaro Pereira é rei e senhor, não tendo falhado qualquer minuto dos 12 jogos oficiais realizados pelos azuis e brancos na corrente temporada. O uruguaio é, assim, o único totalista do plantel, mas é certo que não vai gozar esse estatuto por muito mais tempo. Frente ao Limianos, para a Taça de Portugal, terá direito a um merecido descanso. Coisa rara desde que chegou ao FC Porto, em 2009/2010.

Foi, curiosamente, num jogo da última edição da prova-rainha que o Palito parou pela última vez. Frente ao Rio Ave, na 2.ª mão das meias-finais da prova, Jesualdo Ferreira apostou em Addy para a canhota defensiva, tendo o uruguaio ficado todo o tempo no banco de suplentes. Desde então, fez 17 jogos consecutivos a titular, não tendo sido substituído em nenhum deles. Uma garantia de que é pau para toda a obra, conforme se pode comprovar jogo após jogo.

Municiador

Sendo um defesa-lateral de raiz, Alvaro Pereira nunca se restringe a esse espaço, envolvendo-se nas jogadas ofensivas com bastante frequência. Por alguma coisa, nenhum outro jogador do FC Porto faz mais cruzamentos na Liga do que ele – 48 em 7 jogos. Nem mesmo os extremos. Fruto dessa vocação ofensiva – na seleção uruguaia joga muitas vezes como médio-esquerdo –, Alvaro já soma três assistências para golo. Serviu Falcão frente ao Beira-Mar e Hulk noutras duas ocasiões (Rio Ave e Sp. Braga).

Com provas dadas a toda a linha, é rara a jogada do FC Porto que não passe pelos seus pés. No FC Porto, e ainda no que diz respeito às partidas do campeonato, ninguém toca mais na bola do que ele, num sinal claro de que é um dos jogadores mais procurados pelos colegas na hora de sair a jogar.

À primeira vista, quem analisar os números apresentados pode pensar que Alvaro descura as missões defensivas. Nada mais errado. Com exceção de Fernando, nenhum outro portista recupera mais bolas do que o uruguaio, de 24 anos. Apesar de ser discreto, o Palito conseguiu rapidamente fazer esquecer o seu antecessor (Cissokho) e está a escrever o seu destino a letras de ouro.

in "record.pt"

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