Fernando Belluschi voltou ao onze do F.C. Porto no último sábado, em Coimbra, para um dos jogos mais difíceis da sua carreira. As circunstâncias em que o encontro foi disputado, sob um forte temporal e num relvado totalmente alagado, obrigaram os dragões a usar de todo o seu manancial de soluções para jogos... aquáticos.
«Nunca tinha jogado em condições tão complicadas. Já apanhei campos difíceis mas assim, com tanta água, não. Foi muito difícil, jogou-se muito pouco, mas o importante é que ganhámos. Nestas situações, há que jogar com a bola pelo ar, porque pela relva é impossível, não se pode dar muitos toques. O melhor mesmo é chutar para a frente, aguardar pela segunda bola e esperar por algum ressalto para tentar o golo. Mas jogar... é impossível», afirma o médio argentino.
Belluschi é mais um daqueles que entende que a partida poderia ter sido adiada mas como Duarte Gomes assim não entendeu, não restou outra alternativa senão lutar: «Quem sabe no início do encontro, quando parecia impossível fazer alguma coisa naquele relvado, talvez se pudesse ter suspenso o encontro, mas, depois, já era tarde. O árbitro achou que havia condições mínimas e tivemos de jogar. As duas equipas estavam em pé de igualdade em termos de dificuldades e tentaram fazer o melhor ao seu alcance.»
Vem aí o «clássico»
A vitória sobre a Académica permitiu conservar a diferença de sete pontos sobre o Benfica. O objectivo foi, assim, cumprido apesar de todo o contexto adverso. «Era importante ganhar, não só porque vem aí o clássico mas também porque queríamos prolongar este ciclo de vitórias. Sabemos que manter a diferença é importante para o objectivo de conquistar o campeonato. Estamos muito contentes por termos ganho.»
Alvo de poupança do jogo com a U. Leiria, Belluschi regressou em Coimbra e até foi dos jogadores mais adaptados e esclarecidos ao relvado inundado. Terá sido um bom prenúncio para voltar a marcar presença no onze diante dos encarnados? «Eu trabalho sempre para estar à disposição do treinador e cabe a ele fazer as opções. Eu sinto-me bem, cómodo, e espero jogar mas, antes disso, há que pensar no Besiktas, que será um jogo chave para nos classificarmos para a próxima fase da Liga Europa.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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