É o ponto de interrogação que ainda persiste na estrutura base da equipa do FC Porto desde a chegada de Otamendi. A saída de Bruno Alves para o Zenit deixou o posto do antigo capitão órfão de um líder natural e, neste momento, há uma dança de cadeiras a envolver três nomes, sendo que apenas dois têm lugar. Com Sereno a fixar-se, para já, numa segunda linha do plantel – a estreia oficial do alentejano aconteceu apenas no sábado passado –, foi a dupla constituída por Rolando e Maicon a iniciar a Liga Europa, uma parelha que passou a contar mais tarde com a competição de Otamendi.
O argentino estreou-se em grande frente ao Olhanense, ao apontar um dos golos da partida. El Chupe, alcunha pela qual é conhecido no seu país, está a convencer os adeptos portistas, mas o treinador André Villas-Boas não esquece a boa resposta dada por Maicon nos primeiros compromissos oficiais da temporada. O técnico rejeitou na semana passada a colagem de uma eventual carga negativa ao termo “rotatividade” e, dando seguimento a esta linha de pensamento, tem emparelhado as suas três principais opções de várias formas.
Se não, vejamos. Otamendi marcou aos algarvios, e quando se julgava que a oportunidade de introduzir o argentino no onze base ao lado de Rolando viesse a ser aproveitada de imediato por Villas-Boas, o técnico reiterou a sua confiança em Maicon e colocou Rolando entre os suplentes frente ao CSKA Sofia. As mudanças continuaram em Guimarães, onde o técnico preferiu fazer uso da “velha” dupla Rolando e Maicon – que, por exemplo, ajudou a garantir a conquista da Supertaça frente ao Benfica e o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa –, entregando uma cadeira a Otamendi... mas no banco.
Não pára
O último encontro, frente ao Limianos, foi uma exceção que até contou com a presença de Sereno. A chamada de Otamendi ao jogo até permite interpretar de alguma forma o que poderá acontecer amanhã, mas, neste momento, só uma coisa é certa: percebem-se quase de antemão nove dos nomes que figuram entre os titulares dos dragões... menos dois. Precisamente os centrais, num lugar onde as duas cadeiras não chegam para que três se sentem nelas... de forma definitiva. Amanhã, em Istambul, haverá mais música.
in "record.pt"
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