Conseguir 14 vitórias e um empate nos primeiros 15 jogos desta época devolveu o F. C. Porto ao topo do futebol português. A equipa portista está a superar as expectativas, mas tem ainda muito o que provar antes de cumprir o objectivo de recuperar o título.
Terminada a temporada passada, o cenário não era o mais animador no Dragão. Apesar de ter conquistado a Taça de Portugal, o F. C. Porto assistiu aos festejos do regresso do Benfica aos títulos e foi confrontado com a possibilidade de um início de ciclo vitorioso do clube lisboeta, ao mesmo tempo que mudava de treinador, trocando Jesualdo Ferreira pelo jovem André Villas-Boas. Decorridos 15 jogos da época de 2010/11, o panorama é agora muito mais azul para a equipa portista...
A aposta de Pinto da Costa em Villas-Boas está a dar certo, jogadores que na época passada não rendiam, ou rendiam pouco, estão agora a jogar em grande, os reforços contratados, com destaque para João Moutinho, entraram bem no plantel e, não menos importante, o Benfica está longe de mostrar o vigor da temporada anterior, tendo já sido derrotado na Supertaça pelos dragões, que aproveitaram os deslizes alheios para ganhar sete pontos de avanço sobre a concorrência na liderança da Liga.
Os números não mentem: decorridas oito jornadas do campeonato, o F. C. Porto tem o melhor ataque (19 golos marcados, à média de 2,3 por jogo), a melhor defesa (quatro golos sofridos, à media de 0,5 por partida) e os três melhores marcadores da competição (Hulk lidera a lista, com oito golos, à frente de Falcao e Varela, ambos com quatro tentos, estes em igualdade com Miguel Fidalgo e Sougou, ambos da Académica, curiosamente o próximo adversário dos dragões, em jogo marcado para sábado à noite, em Coimbra).
Em alta na Liga Europa
Nas outras competições em que está envolvido, o F. C. Porto também tem dado cartas. Na Liga Europa, depois de ter superado sem problemas o play-off com o Genk (vitórias por 3-0 e 4-2), a equipa azul e branca está a mostrar total superioridade na fase de grupos, tendo ganho os três jogos realizados no Grupo L, ao Rapid Viena (3-0), ao CSKA Sófia (1-0) e ao Besiktas (3-1). A qualificação para os 16 avos-de-final está à vista, abrindo caminho a uma campanha que poderá levar os portistas muito longe numa competição que não estão acostumados a disputar, em função da presença habitual na Champions, mas que também tem relevância à escala europeia.
Na Taça de Portugal, os dragões ainda só jogaram com o Limianos (4-1), preparando-se para defrontar o Moreirense, da Liga de Honra, na próxima ronda de uma prova que o F. C. Porto tenta ganhar pelo terceiro ano consecutivo, o que constituiria um feito inédito na história do clube.
André Villas-Boas é a cara mais visível do sucesso, a par de Hulk, apesar de o mais difícil estar ainda para vir. Para já, o mais jovem treinador de sempre no F. C. Porto (foi contratado com 32 anos e festejou 33 no passado dia 17) ultrapassou as naturais desconfianças iniciais dos adeptos e tem revelado um domínio absoluto de todas as áreas ligadas à função: mantém o plantel motivado e disciplinado, faz passar a mensagem através de um discurso mais incisivo com a comunicação social, impôs um estilo de jogo mais atractivo, assente na posse de bola, sem deixar de ser eficaz, e, acima de tudo, conseguiu vitórias, umas atrás das outras, o que lhe permitiu tornar-se o técnico com melhor arranque das últimas décadas no Dragão.
Nos relvados, Hulk tem brilhado mais do que todos os outros. Longe das polémicas em que esteve envolvido na época passada, o avançado brasileiro está a mostrar um nível muito superior ao dos adversários, destacando-se ainda mais pelo facto de estar a marcar golos com fartura, graças a uma mistura explosiva de força, velocidade e técnica. Nos sete jogos do campeonato em que participou, o "incrível" marcou sempre, tendo ainda facturado por cinco vezes na Liga Europa, o que já abriu o apetite de "tubarões" como o Manchester United.
in "jn.pt"
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