segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Relaxar é proibido no F. C. Porto

Na teoria, entre Sófia e Guimarães aumenta a dificuldade. Villas-Boas deu o mote, ao proibir o relaxamento, e o objectivo é o esperado: chegar à 12.ª vitória. Mas, Machado, do Guimarães, também joga com o número 12 e pede ao público para ser esse jogador extra.

A semana que antecedeu este Guimarães-F. C. Porto foi branda no que às declarações diz respeito. A presença portista na Liga Europa também diversificou as atenções. Mas é antiga a rivalidade entre os dois clubes. É o tal “lado emocional”, oportunamente referenciado por André Villas-Boas e que obriga sempre a cuidados extra.

Na antevisão ao desafio, Villas-Boas e Manuel Machado estabeleceram uma espécie de pacto de não agressão. Reservaram a discussão do resultado para as quatro linhas. O técnico portista elogiou Machado, pela montagem das equipas e pelo historial de vitórias. O treinador vimaranense destacou a inteligência do seu homólogo do Dragão. Uma coisa os une, a vontade de ganhar, uma coisa os separa, os objectivos de cada clube. Ambos eliminam do léxico das suas equipas a palavra relaxamento, ambos reconhecem perseguir metas distintas: o F. C. Porto corre pelo título e pelo regresso à Champions, o Guimarães aspira a uma classificação condigna com direito a penetrar na Liga Europa.

No plano dos discursos, o raio de acção aponta para este quadro, mas os minhotos, por partirem como menos favoritos, não vão estender qualquer passadeira ao líder da Liga. Se o F. C. Porto quer chegar ao número mágico das 12 vi tórias seguidas, também Machado recorre à sigla 12, para cativar o seu público e fazer dele um jogador extra. “Sabemos bem como o Guimarães tira partido do factor casa”, ripostou, bem avisado, o técnico dos azuis e brancos.

Fernando regressa ao onze

Com todos os jogadores ao dispor, Villas-Boas deve retomar a fórmula usada para derrotar o Olhanense, na 6.ª jornada. A ida a Sófia, a meio da semana, foi um jogo de contornos diferentes. Hoje, Fernando e Varela voltam ao onze, o mesmo podendo acontecer com Fucile e Rolando, suplentes não utilizados na Bulgária. Titular nos últimos dois jogos, o internacional argentino Otamendi não tem comprometido e, por isso, é de prever que seja o escolhido para emparceirar com Rolando, saindo a perder, nesta hipótese, o outro central, Maicon.

Rúben Micael, o médio a quem Villas-Boas projecta grande futuro na selecção, também recuperou e é opção, mas não jogará de início. Sem lugar na viagem ao Minho ficaram os esperanças Castro e James. Castro foi a Sófia, porém acabou por não fazer parte da ficha do jogo, enquanto que James continua sem conseguir abrir portas para se mostrar. Ter sido suplente com o CSKA já foi um prémio e um estímulo.

in "jn.pt"

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