Pelo quarto ano consecutivo, a SAD do F. C. Porto apresentou lucro, desta vez relativo ao exercício da época de 2009/10. O resultado líquido foi de 77 mil euros, muito inferior ao das duas temporadas anteriores (5,1 milhões em 2008/09 e oito milhões em 2007/08).
A SAD do F. C. Porto fechou a época de 2009/10 com um resultado líquido de cerca de 77 mil euros, elevando para quatro o número de anos seguidos com lucro, embora os resultados do exercício que hoje, sexta-feira, foi apresentado no Estádio do Dragão sejam bem inferiores aos de 2008/09 (5,1 milhões) e de 2007/08 (8 milhões), o que se justifica com a performance menos positiva da equipa de futebol na temporada passada.
As receitas, excluindo as referentes a transacções de passes de jogadores, chegaram aos 57,6 milhões de euros (14,2 dos quais provenientes de publicidade e de patrocínios, num valor superior ao da bilheteira - 11,1 milhões - que baixou mais de 15% em relação à época anterior), enquanto as despesas atingiram os 63 milhões de euros (39,3 dos quais relativos a custos com pessoal, que baixaram 8,2 milhões relativamente ao ano anterior, tendo em conta a diminuição do número de prémios pagos). Este recuo nos custos salariais permitiu baixar para 68% o rácio entre salários e receitas, mantendo-se dentro do limite de 70% recomendado pela UEFA.
Como tem acontecido nos últimos anos, a SAD portista equilibrou as contas através da transação de jogadores, tendo registado 8,3 milhões positivos entre compras e vendas, o que lhe permitiu fechar o ano com resultados operacionais de 2,9 milhões de euros, longe dos 11,2 milhões de 2008/09 e dos 12,7 milhões de 2007/08. Convém referir, no entanto, que as contas ontem, sexta-feira, tornadas públicas ainda não contabilizam as mais valias geradas pelas transferências de Bruno Alves, para o Zenit, e de Raul Meireles, para o Liverpool, que se realizaram depois do fecho do exercício de 2009/10 e que renderam cerca de 35 milhões de euros.
A SAD azul e branca registou um activo total de 182,9 milhões e reduziu o passivo para 160,1 milhões, estabilizando os capitais próprios em 22,8 milhões.
in "jn.pt"
Angelino Ferreira : "Equilíbrio depende das vendas"
Angelino Ferreira explicou ontem as contas da SAD e, a O JOGO, admitiu que as transferências têm sido decisivas para as equilibrar. Mesmo sem a montra da Champions, os portistas confiam na valorização do plantel. Vendas em Janeiro, de Hulk por exemplo, não fazem parte dos planos.
Que balanço faz das contas?
O balanço que fazemos é forçosamente positivo. O futebol é uma indústria que depende dos resultados desportivos e, atendendo ao que foi a última época a esse nível, os resultados apresentados pela SAD são francamente animadores.
A ausência na Liga dos Campeões teve impacto?
O acesso à Liga dos Campeões é absolutamente essencial para qualquer sociedade desportiva, quer ao nível das receitas directas, quer ao nível da projecção que permite e o FC Porto não escapa aessa regra.
A Liga Europa é uma competição menor?
É uma realidade diferente. Para dar um exemplo, de acordo com as projecções, se conseguirmos atingir o nosso objectivo, que passa por vencer a competição, estimamos atingir uma receita na ordem dos sete milhões de euros. Para terem uma base de comparação, há dois anos, com a chegada aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, aproximamo-nos dos 20 milhões de euros. São realidades diferentes, mas isso não impede que o nosso objectivo passe por uma boa campanha europeia, também na Liga Europa.
A promoção dos jogadores ressente-se da presença na Liga Europa?
A grande montra europeia é, de facto, a Liga dos Campeões. A Liga Europa é uma competição com outras características e sem a mesma visibilidade. Mas o futebol de qualidade e os grandes golos, como aqueles que Hulk e Falcao têm marcado nos jogos da Liga Europa não passam despercebidos e são vistos em todo o mundo, ajudando à promoção dos nossos jogadores.
Admitem a venda de jogadores como Hulk em Janeiro?
Essa é uma questão que não se coloca neste momento. Não faz parte dos nossos planos, mas é normal que, com o potencial que os jogadores do FC Porto têm, surjam interessados. No momento certo, avaliaremos cada situação.
O FC Porto depende em larga medida da exportação de jogadores…
Não é apenas o FC Porto que depende financeiramente das exportações, mas toda a indústria do futebol. Aliás, não é por acaso que as contas das SAD separam os resultados com e sem as vendas de jogadores. O equilíbrio financeiro dos clubes depende, em larga medida, dos negócios de transferências, mas essa realidade, mesmo que em menor escala em países onde outras receitas são mais relevantes, é comum a toda a indústria.
Quanto tempo é possível ao FC Porto resistir fora da Champions?
O que podemos dizer é que esta época, já depois do encerramento das contas do exercício que foi aqui apresentado hoje, realizámos vendas na ordem dos 35 milhões de euros. De resto, com as performances apresentadas pela nossa equipa, a perspectiva é a de poder realizar mais operações. Procuramos encontrar soluções inovadoras que nos permitam aumentar a nossa independência em relação às participações na Champions. Esta época, por exemplo, fruto do investimento na equipa e das exibições que temos produzido, conseguimos registar grandes assistências no nosso estádio. O nosso objectivo é diversificar as fontes de receita, apesar de reconhecermos a importância da participação na Liga dos Campeões.
É possível fazer uma projecção do valor de mercado do plantel do FC Porto?
Esse é um valor que o próprio mercado fixa. O valor que apresentamos nas contas é o de aquisição do passe dos jogadores, mas a maior parte deles está francamente subvalorizado. Quanto a um valor concreto, esse é variável. Depende do comportamento da equipa e do rendimento dos próprios jogadores e é um valor que o mercado fixa no momento das vendas.
in "ojogo.pt"
Angelino Ferreira : "Equilíbrio depende das vendas"
Angelino Ferreira explicou ontem as contas da SAD e, a O JOGO, admitiu que as transferências têm sido decisivas para as equilibrar. Mesmo sem a montra da Champions, os portistas confiam na valorização do plantel. Vendas em Janeiro, de Hulk por exemplo, não fazem parte dos planos.
Que balanço faz das contas?
O balanço que fazemos é forçosamente positivo. O futebol é uma indústria que depende dos resultados desportivos e, atendendo ao que foi a última época a esse nível, os resultados apresentados pela SAD são francamente animadores.
A ausência na Liga dos Campeões teve impacto?
O acesso à Liga dos Campeões é absolutamente essencial para qualquer sociedade desportiva, quer ao nível das receitas directas, quer ao nível da projecção que permite e o FC Porto não escapa aessa regra.
A Liga Europa é uma competição menor?
É uma realidade diferente. Para dar um exemplo, de acordo com as projecções, se conseguirmos atingir o nosso objectivo, que passa por vencer a competição, estimamos atingir uma receita na ordem dos sete milhões de euros. Para terem uma base de comparação, há dois anos, com a chegada aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, aproximamo-nos dos 20 milhões de euros. São realidades diferentes, mas isso não impede que o nosso objectivo passe por uma boa campanha europeia, também na Liga Europa.
A promoção dos jogadores ressente-se da presença na Liga Europa?
A grande montra europeia é, de facto, a Liga dos Campeões. A Liga Europa é uma competição com outras características e sem a mesma visibilidade. Mas o futebol de qualidade e os grandes golos, como aqueles que Hulk e Falcao têm marcado nos jogos da Liga Europa não passam despercebidos e são vistos em todo o mundo, ajudando à promoção dos nossos jogadores.
Admitem a venda de jogadores como Hulk em Janeiro?
Essa é uma questão que não se coloca neste momento. Não faz parte dos nossos planos, mas é normal que, com o potencial que os jogadores do FC Porto têm, surjam interessados. No momento certo, avaliaremos cada situação.
O FC Porto depende em larga medida da exportação de jogadores…
Não é apenas o FC Porto que depende financeiramente das exportações, mas toda a indústria do futebol. Aliás, não é por acaso que as contas das SAD separam os resultados com e sem as vendas de jogadores. O equilíbrio financeiro dos clubes depende, em larga medida, dos negócios de transferências, mas essa realidade, mesmo que em menor escala em países onde outras receitas são mais relevantes, é comum a toda a indústria.
Quanto tempo é possível ao FC Porto resistir fora da Champions?
O que podemos dizer é que esta época, já depois do encerramento das contas do exercício que foi aqui apresentado hoje, realizámos vendas na ordem dos 35 milhões de euros. De resto, com as performances apresentadas pela nossa equipa, a perspectiva é a de poder realizar mais operações. Procuramos encontrar soluções inovadoras que nos permitam aumentar a nossa independência em relação às participações na Champions. Esta época, por exemplo, fruto do investimento na equipa e das exibições que temos produzido, conseguimos registar grandes assistências no nosso estádio. O nosso objectivo é diversificar as fontes de receita, apesar de reconhecermos a importância da participação na Liga dos Campeões.
É possível fazer uma projecção do valor de mercado do plantel do FC Porto?
Esse é um valor que o próprio mercado fixa. O valor que apresentamos nas contas é o de aquisição do passe dos jogadores, mas a maior parte deles está francamente subvalorizado. Quanto a um valor concreto, esse é variável. Depende do comportamento da equipa e do rendimento dos próprios jogadores e é um valor que o mercado fixa no momento das vendas.
in "ojogo.pt"
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