Helton é o capitão, lidera a defesa menos batida da Liga e entrou no top 3 dos estrangeiros com mais jogos pelo F. C. Porto no campeonato. Após o clássico, soma 126, mais um do que Mário Jardel. Só Aloísio (332) e Drulovic (195), os guias da tabela, fizeram melhor.
Helton é o primeiro ou o último do onze, conforme o ponto de vista. Aos olhos do adversário é o último obstáculo a tombar, na visão de André Villas-Boas é o primeiro pilar do sucesso. Com o F. C. Porto-Benfica bem fresco na memória, basta lembrar as declarações do técnico após a goleada para ilustrar a importância de quem defende.
"O momento definitivo do jogo foi a organização defensiva que bloqueou o Benfica". Este foi um dos segredos da vitória e nele encaixa Helton, desde domingo com entrada directa no top 3 dos notáveis, onde cabem os estrangeiros com mais jogos pelo F. C. Porto no campeonato.
O guarda-redes deixou Mário Jardel para trás (125 jogos) e conquistou um lugar no pódio (126). Agora apenas tem à sua frente os também emblemáticos Drulovic (195) e Aloísio (332). A colheita portista de Helton começou em 2005/06, após a ambientação a Portugal na U. Leiria, desde 2002.
Antes tinha servido o Vasco da Gama e sido chamado à selecção olímpica do Brasil. Na Invicta sagrou-se tetracampeão. Sob as ordens do holandês Adriaanse disputou 11 encontros, mas nas quatro épocas seguintes, com Jesualdo, e o progressivo afastamento de Vítor Baía, agarrou o lugar, em definitivo. Totalizou 105 jogos.
Seguro pelo contrato até 2013
Esta é a sua sexta época no Dragão e ainda tem mais duas no contrato. Desde o tiro de partida da Liga, em Agosto, ganhou três lugares na lista dourada, entre os jogadores estrangeiros mais utilizados no F. C. Porto. Começou por suplantar Kostadinov, ao defender as redes azuis e brancas no F. C. Porto-Beira-Mar, da 2.ª ronda. Logo de seguida superiorizou-se ao mágico Deco, no Rio Ave-F. C. Porto. A 10.ª jornada proporcionou-lhe a quebra de mais uma marca, ao colocar-se à frente do super Mário.
Desde o F. C. Porto-Benfica, para a Supertaça, na abertura oficial, as coisas têm corrido às mil maravilhas para Villas-Boas e companhia. O guarda-redes, só com quatro golos sofridos na Liga, espelha esse bom desempenho. Aos 32 anos, com três Taças de Portugal e três Supertaças para juntar ao tetra, herdou a braçadeira de capitão e tem feito por isso.
"Tive a oportunidade de aprender bastante aqui, com o Jorge Costa, o Pedro Emanuel, o Baía... A receptividade foi boa e ensinaram-me muito. Posso dizer que aprendi a gostar do F. C. Porto, não só como jogador profissional. Também aprendi a ter carinho pelo clube. É isso que procuro transmitir aos novos. Seriedade e empenho, porque as coisas acontecem". Já era assim o discurso de Helton, no estágio de pré-temporada, em Marienfeld, na Alemanha. Hoje, além de guardar a baliza, também funciona como escudo protector da equipa.
in "jn.pt"
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