Fernando Belluschi reinventa-se, ensaia novos passos e movimentos. O argentino maravilha com a bola e corre quilómetros sem ela. É uma das grandes figuras do F.C. Porto pensado por Villas-Boas e um dos que mais cresceu relativamente à época anterior.
Diante do Benfica, duas assistências para golos de Falcao foram a face mais visível de uma exibição soberba. A dimensão do jogo de Belluschi extravasa em muito os limites a que foi imposta no reinado de Jesualdo Ferreira.
Afinal, a que se deve este crescimento exponencial do internacional alvi-celeste?
«Mudaram muitas coisas no Porto. A começar pelo treinador, claro. Mas talvez estejamos com outra mentalidade. Há um mérito evidente do André Villas-Boas», revelou Belluschi, já depois da goleada histórica imposta ao Benfica.
«Se calhar também estou a trabalhar melhor. Creio que isso se nota em campo», acrescenta, numa espécie de mea culpa.
Atenas, Novembro de 2008: o primeiro golpe na águia
O Benfica é, de resto, uma presa recorrente de Fernando Belluschi. A primeira estocada do sabre do Samurai na águia foi há quase dois anos, em Atenas. O Olympiakos goleou o Benfica por 5-1 a 27 de Novembro de 2008 e o agora dragão fez o quarto dos helénicos, aos 44 minutos.
Já em terras lusas, Belluschi voltou a usurpar as redes encarnadas, ao fechar as contas do F.C. Porto-Benfica (3-1) do campeonato passado com um golo fantástico. Bola recebida na esquerda, Ramires pelas costas, túnel a Aimar e bomba ao ângulo superior esquerdo de Quim.
Desta feita Belluschi não marcou, é certo, mas os dois passes soberbos para Radamel Falcao confirmam uma apetência muito particular.
«É especial ganhar ao Benfica, claro», não esconde. «Um clássico é um duelo marcante, em qualquer país. Fizemos um grande jogo, embora não creia que as coisas tenham sido fáceis, pois o Benfica tem grandes jogadores. O jogo abriu-se mais com o nosso primeiro golo e aproveitámos isso na perfeição, através de transições rápidas.»
«Não se pode falar já no título»
Dez jornadas decorridas, 20 mais por disputar. Para Fernando Belluschi, o campeonato está «longe» da decisão final, apesar da «boa diferença» entre o F.C. Porto e todos os outros. «Num campeonato tão difícil como o português, não se pode falar já no título», defende o atleta, que se tem revelado a alma gémea de João Moutinho no meio-campo azul e branco.
À sombra continua Rúben Micael, outro elemento de valor inatacável. Por aqui também se prova que qualidade não falta a este F.C. Porto.
in "maisfutebol.iol.pt"
2 comentários:
metes nojo
Chama-se dor de cotovelo !!!
Cumprimentos
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