DESCRITO COMO UMA EXTENSÃO DA EQUIPA
Corre quilómetros ao longo da sua área técnica, berra com os jogadores, esbraceja, salta e não aceita que os árbitros possam prejudicar a sua equipa. André Villas-Boas não vê limites quando se trata de defender os interesses do grupo e como consequência disso foi expulso pela segunda vez esta época. Uma espécie de “enfant terrible” que faz da irreverência e grande entrega ao jogo uma forma de estar no banco.
“Há vários tipos de liderança. A autocrática, a democrática, a recompensadora. É nesta última que incide a dinâmica de Villas-Boas, na forma como se relaciona com os jogadores. Tem um estilo muito empático, inteligente e possui uma motivação intrínseca, que lhe vem da alma. Há ali autoconfiança. É um homem educado, mas às vezes deixa-se envolver pela emoção, exterioriza todo seu o sentimento”, explicou José Neto, considerando que “se trata de uma extensão do que se passa dentro do campo. É o grande embaixador dos seus jogadores”, salientou o professor universitário que conhece como poucos a ação dos treinadores.
Ferguson
E há mesmo quem compare a forma extrovertida de Villas-Boas estar no banco com um senhor do futebol mundial. “Alex Ferguson está há quase 25 anos no comando do Manchester United e é só ver a forma como vibra nos jogos. Salta, esbraceja... Isso tem a ver com a personalidade de cada um. Acho que o Villas-Boas quando tiver 60 anos vai ser igual”, apontou Pedro Marques Lopes.
Este comentador televisivo e conhecido adepto do FC Porto lembra que o técnico de 33 anos “demonstra que está junto da equipa. É um indicador de proximidade que agrada aos jogadores.” Em relação ao caso concreto de Alvalade, foi a reação a “uma agressão bárbara de Maniche a João Moutinho. Já para não falar no golo fora-de-jogo e a expulsão”, recordou a propósito.
in "record.pt"
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