sábado, 13 de novembro de 2010

Villas-Boas quer vantagem de 10 pontos do F. C. Porto até final de 2010

Não é normal, mas, para o F. C. Porto, é uma boa anormalidade. Ter 10 pontos à maior sobre o vice-líder, à 10.ª jornada, é uma diferença para segurar até à viragem do ano. Restam quatro jornadas e o objectivo de Villas-Boas é celebrar o reveillon com esta prenda.


Se dúvidas existiam, Villas-Boas tratou ontem de as dissipar. O "grito de revolta" usado para espicaçar antes do embate com o Benfica, está para durar e é para levar até ao fim da época.

O técnico até corria por um adversário em 2009/10, a Académica, mas, mesmo assim, partilha a indignação do grupo que viu fugir o título e que hoje está sob o seu comando. Os castigos da Comissão Disciplinar, a Hulk e a Sapunaru, fazem parte das "frustrações" que não se apagam e que, agora, no dizer do técnico, servirão de "alimento".

Embalado pela "revolta", traçou como meta segurar os 10 pontos relativamente aos vices-líderes Guimarães e Benfica, nas próximas quatro jornadas. É uma forma inteligente de manter acesa a chama e a ambição da equipa, sem cair no erro do facilitismo. É que, por mais de uma vez, Villas-Boas evocou o lado "caótico" do futebol. Ou o "lado negro", como ontem lhe chamou e que urge evitar.

Na antevisão do que falta jogar, no percurso de F. C. Porto, Guimarães e Benfica, os vitorianos têm a vantagem de não se desgastarem nas provas europeias. O F. C. Porto, na Liga Europa, até já tem o apuramento garantido, mas o Benfica, na Champions, tem que dar tudo por tudo, ante o Happoel e o Schalke, para seguir em frente. Portanto, um grande desafio e um dispêndio extra para as águias.

Pinto da Costa em Lisboa dia 26

Na Liga, o calendário da equipa de Jorge Jesus é o mais acessível. Só defronta clubes do meio da tabela para baixo (Naval, Beira-Mar, Olhanense e Rio Ave). O Guimarães, por seu lado, tem esta noite o dérbi do Minho e de seguida visita o Marítimo. Já o F. C. Porto recebe o Portimonense e o Setúbal e tem saídas delicadas. Termina o ano em Paços de Ferreira e antes disputa o clássico com o Sporting, este último o osso mais duro de roer. Uma ida a Alvalade, precedida, na véspera, pelo 40.ºaniversário da filial lisboeta, com a presença garantida de Pinto da Costa.

Para cumprir a missão, o F. C. Porto terá que manter a regularidade, materializada por 16 vitórias (mais dois empates) em 18 jogos, e evitar que o tal lado caótico se intrometa nas contas. Como afirma Villas-Boas, ter mais 10 pontos nesta fase "não é normal", mas o fenómeno explica-se pela eficácia da máquina portista e pelas "falhas recorrentes" dos outros candidatos. Dia 19 de Dezembro, no termo dos 90 minutos, na Mata Real, ver-se-á se a equipa correspondeu ao desafio. A fasquia continua alta.

in "jn.pt"

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