Título ainda não está ganho, mas defesa vê «vantagem importante»
O tempo de convivência não foi muito, mas foi suficiente para Bruno Alves traçar o perfil ao treinador do F.C. Porto. André Villas-Boas ainda orientou o, agora, jogador do Zenit, nalguns treinos, antes de este partir e Bruno Alves gostou do que viu.
«Não foi muito tempo, mas, pelo que vi, o André Villas-Boas tem uma personalidade forte e demonstra-o quer com a equipa em campo, quer quando comunica com a imprensa. Tem demonstrado carácter e isso é bom. Tem uma personalidade forte e tem mostrado isso no F.C. Porto», frisou.
O cunho do técnico está, também, visível no campeonato que a equipa está a efectuar. O F.C. Porto é líder do campeonato, com oito pontos de vantagem para o segundo classificado, quando falta apenas uma jornada para terminar a primeira volta. Bruno Alves fica feliz pela margem alcançada, mas lembra que ainda nada está conquistado.
«O F.C. Porto deu um passo muito importante, porque ter esta diferença pontual nesta altura é muito bom. Claro que ainda falta muito campeonato e não há vencedores antecipados no futebol. O F.C. Porto terá de continuar a demonstrar que quer ganhar o campeonato e que está bem, porque ainda estamos a meio», lembrou.
«Seria especial defrontar o F.C. Porto na Liga Europa»
Mesmo com o campeonato russo terminado, os objectivos de Bruno Alves para a presente época não estão encerrados: há o objectivo de ganhar a Liga Europa. Uma missão que, de resto, choca com o antigo clube. Como seria um eventual reencontro?
«Seria especial defrontar o F.C. Porto, porque joguei lá muito tempo, tenho um carinho muito grande e tenho uma relação muito boa com os adeptos, mas o Zenit é o clube que defendo agora e pretendo conquistar títulos com ele também», afirmou.
Bruno Alves não tem dúvidas que os dragões serão um osso duro de roer, caso os destinos se cruzem, até porque considera o F.C. Porto uma das equipas favoritas a vencer a prova: «Acho que o Zenit tem boas possibilidades, mas há o F.C. Porto que tem uma equipa forte, também.»
Bruno Alves e o F.C. Porto: «Fui bem substituído»
Ex-capitão lembra que os jogadores passam, mas a instituição fica
Quatro meses e um título depois, Bruno Alves pôde matar as saudades de Portugal. O internacional português emigrou para a Rússia no final do Verão, onde se sagrou campeão nacional, pelo Zenit. Findo o campeonato, e com o Natal à porta, regressou à «sua» Póvoa de Varzim. Mesmo longe, continuou a acompanhar o futebol nacional e, claro, o clube que o lançou para o estrelato.
«Actualmente, o F.C. Porto está muito forte, é uma equipa com bons jogadores, que se reforçou bem. E, claro, ainda não perdeu», vincou Bruno Alves, à margem de um torneio de «futevólei» em que participa por estes dias.
Os dragões têm sofrido poucos golos. São, aliás, a defesa menos batida das principais Ligas europeias, o que atesta a qualidade da linha defensiva de André Villas-Boas. Bruno Alves não se surpreende.
«Fui bem substituído. Eu sempre disse que os jogadores vão passando, mas o F.C. Porto fica. Tudo renova, tudo regenera e sempre soube que quando saísse viria alguém com qualidade, para além dos que já lá estavam, como é o caso do Maicon que tem demonstrado que é um óptimo jogador. E o Otamendi, também, agora. Mesmo o Sereno, que continua à espera da sua vez. Sempre disse que os jogadores passam e a instituição fica. Cabe ao clube regenerar quando tem que o fazer», lembrou.
«Rolando tem qualidade para ir mais longe»
O antigo capitão portista não se coibiu de analisar ao pormenor os centrais portistas que melhor conhece: Rolando e Maicon. Sobre o seu antigo parceiro no centro da defesa, não tem dúvidas: pode seguir as suas pisadas, bem como de Pepe, Ricardo Carvalho ou Jorge Andrade.
«O Rolando tem demonstrado uma boa capacidade de liderança. Está forte, está bem, é um jogador agressivo, rápido e tem qualidade para ir mais longe e acredito que o futuro dele passe por aí», afirmou.
E nem a ascensão do brasileiro Maicon foi uma surpresa: «Teve um ano de aprendizagem, porque mesmo ficando de fora aprende-se muita coisa. Para ele foi bom, preparou-se para estar bem no momento dele. Quando há esse tempo de maturação e de espera também é positivo. Teve tempo de conhecer o clube, os jogadores e a mentalidade e acho que foi melhor para ele ter um ano de conhecimento do que se entrasse logo.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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