Que se passa com James Rodríguez? O colombiano custou mais de cinco milhões de euros ao FC Porto, realizou uma excelente pré-temporada, apresentou bons pormenores sempre que foi a jogo, mas raramente tem sido utilizado por André Villas-Boas. A promessa de um grande jogador continua intacta e o treinador já lhe reconheceu talento, embora também lhe tenha aconselhado paciência, porque a hora é de trabalhar e esperar pelas oportunidades. Agora, para este sábado, não haverá Varela, nem tão pouco Cristian Rodríguez para a partida frente ao Juventude de Évora, sendo que a ausência de extremos pode abrir espaço para o regresso de James à competição, ele que anda afastado dos relvados desde o memorável triunfo frente ao Benfica. Até ao momento, o colombiano não realizou nem uma única partida a titular - e já lá vão 23 jogos oficiais -, nem tão pouco 90 minutos no somatório de todos os desafios em que participou. Para ser preciso, foram três partidas, 51 minutos, e sempre na condição de suplente utilizado - 22' com o Limianos, 21' frente ao Leiria e mais oito na recepção ao Benfica. Muito pouco para tão grande promessa.
Mas há muito tempo pela frente e a época nem sequer chegou a meio. A administração do FC Porto acredita no jogador, André Villas-Boas também, motivos mais do que suficientes para se recusarem a admitir um empréstimo na reabertura de mercado - e o Espanhol de Barcelona até já tentou resgatar o jogador.
No entanto, parece haver um pequeno problema para resolver. A verdade é que James Rodríguez passou a maior parte dos tais 51 minutos de competição a jogar no meio, atrás dos avançados - ou avançado - e quase sempre longe das alas. Esta constatação pode levar a outra conclusão: Villas-Boas parece com dificuldades para encontrar no colombiano as características essenciais para ocupar a posição de extremo na actual fórmula do FC Porto.
Os factos assumidos no passado recente não impedem, no entanto, que o futuro de James Rodríguez passe mesmo pelo lado esquerdo do ataque, algo que até pode acontecer já este sábado, na recepção ao Juventude de Évora, em virtude das ausências dos dois jogadores que mais vezes fazem o lugar: Varela e Cristian Rodríguez. Mas, é bom não esquecer, ainda há Hulk e Ukra...
Ukra tem sido mais aposta
A hierarquia de extremos no FC Porto parece definida há muito tempo por André Villas-Boas: há Hulk e Varela, os mais titulares, para além de Cristian Rodríguez, a primeira alternativa, surgindo logo a seguir Ukra. O extremo português tem mais minutos de competição do que James Rodríguez, tendo garantido também mais jogos esta temporada - seis contra apenas três do colombiano.
Nesta luta muito particular entre os dois extremos mais jovens do plantel, o português tem saído a ganhar nestes primeiros tempos, parecendo oferecer, actualmente, mais garantias no que diz respeito às faixas laterais do ataque portista. Ukra participou, inclusivamente, nos dois jogos já realizados esta época para a Taça de Portugal - foi mesmo titular em Moreira de Cónegos - o que até lhe poderá oferecer vantagem na escolha para o próximo sábado...
in "ojogo.pt"
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