segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O FC Porto um a um


A ESTRELA

Hulk 7
O Incrível pode ir de férias descansado

Assinou praticamente todos os lances de perigo do FC Porto, embora seja justo dizer desde já que nem sempre os definiu da melhor forma. Só que foi ele que ganhou a falta e apontou o livre que deu o primeiro golo; que fez o segundo de penálti, aos 90', terminando de vez com o sofrimento dos adeptos nas bancadas e de Villas-Boas no banco; e que ainda teve tempo para, numa jogada individual, oferecer o terceiro a Walter. Ou seja, esteve envolvido nos três golos, tendo sido decisivo no triunfo. Pelo meio ainda fez uma série de "slalons" que podiam ter causado maiores danos na baliza de Cássio. Pode ir de férias descansado.

Helton 7
Salvou a vantagem magra, que durou até aos 90', com um punhado de enormes defesas, quase todas na cara de Rondón. Mas também num cabeceamento de Pizzi, voando para corrigir um erro seu. Na primeira parte, as luvas serviram basicamente para manter as mãos quentes, porque o Paços de Ferreira não o obrigou a qualquer intervenção.

Sapunaru 6
Entrou muito bem no jogo, procurando responder à letra à grande exibição de Fucile no jogo anterior. Aos 5', foi à área do Paços, numa bola parada, e cabeceou para uma enorme defesa de Cássio. Não cometeu grandes erros defensivos.

Rolando 5
Muito trabalho neste regresso à equipa e algumas dificuldades quando houve velocidade. Ainda assim, efectuou dois excelentes cortes no chão, impedindo remates perigosos.

Otamendi 7
Parece que tomou o gosto aos golos, apontando o terceiro com a camisola azul e branca, o segundo seguido e o primeiro da carreira de cabeça. Abriu o marcador e quase bisou, aos 31', da mesma forma. Na área defensiva foi sempre bastante agressivo na luta pela bola, mas, tal como Rolando, não se deu bem com a velocidade de Rondón.

Álvaro Pereira 6
Optou por jogar de collants para combater o frio e entrou bem quente no jogo com dois cruzamentos a que Falcao, por pouco, não deu a melhor resposta. Aliás, deu sempre muita profundidade ao jogo portistas, mas também permitiu que o Paços explorasse o seu lado para atacar, até porque as compensações demoraram a surgir...

Guarín 6
Boa primeira parte, recuperando inúmeras bolas. Porém, na segunda etapa não deu todo o apoio necessário aos defesas, dando espaços nas costas, bem explorados pelos pacenses. Efectuou o remate (livre) de que resultaria no penálti.

Belluschi 5
Começou com um bom passe para James, mas abusou dos lances individuais, perdeu algumas bolas e não criou grandes desequilíbrios. Esteve perto do golo num livre directo.

João Moutinho 7
O maestro da equipa. Definiu quase bem todos os lances, impondo o ritmo altíssimo com que a equipa entrou em campo e deixou o Paços sem respirar. Além disso, fartou-se de trabalhar defensivamente.

James 5
Voltou a mostrar bons pormenores e excelente visão de jogo quando serviu Falcao aos 15' ou conduziu um contra-ataque e fez um passe atrasado para Belluschi. Porém, faltou-lhe algum músculo para pressionar.

Falcao 5
Perdulário como raramente se viu, no mesmo relvado onde deu a primeira "bicada" em Portugal. Aos 15', por exemplo, quis passar por Cássio em vez de o fuzilar, perdendo ângulo de remate, o que o levou a acertar no poste. Mais tarde, saltou mais alto do que Bura, mas errou o alvo. Não regressou do intervalo devido a fadiga, segundo o treinador.

Walter 5
O último suspiro do jogo salvou-lhe uma exibição até aí muito apagada: encostou para o 3-0. Entrou ao intervalo, mas foi quase uma nulidade. Duas ou três combinações e um remate fraquinho até ao tal golo que encerrou as contas.

Souza 5
Villas-Boas viu o Paços perder a vergonha na segunda parte e sentiu a necessidade de acrescentar um elemento de combate ao meio-campo para servir de tampão às investidas pacenses. Excelente um corte na área impedindo o desvio de Rondón.

Maicon -
Entrou nos descontos, a tempo de festejar o terceiro golo.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Entrada forte do F.C.Porto, ritmo alto - baixou a partir dos vinte minutos -, boa dinâmica, domínio total, um golo e várias oportunidades desperdiçadas, duas flagrantes, por Falcao e Hulk. Foi assim, de forma resumida, a primeira-parte, com o Paços a espevitar apenas nos últimos dez minutos, mas sem criar grandes problemas a Helton.

Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Walter no lugar de Falcao - lesionado -, as coisas complicaram-se, o líder desapareceu, o Paços acreditou, cresceu, cresceu, o F.C.Porto sofreu - valeu Helton - e só marcou no fim do jogo, contra a corrente do jogo e quando nada tinha feito para justificar uma vantagem tão dilatada.
Tudo somado, vitória justa do Dragão, por números exagerados, numa primeira-parte boa e uma segunda fraquinha...

Um abraço