Reis da europa também na defesa

O FC Porto é a melhor defesa da Europa, ou melhor, é a defesa com menos golos sofridos. Cinco golos concedidos em 13 jogos do campeonato é registo único nos 20 países mais cotados do Velho Continente. A grande temporada dos portistas, que continuam invictos 23 (!) jogos após o arranque da temporada, oferece marcas significativas em todos os tipos de registos. Este é apenas mais um, significativo, por sinal.

Organização, rigor, concentração e sentido colectivo são palavras constantemente repetidas por André Villas-Boas, mas também a base em que assenta todo o trabalho do mais jovem treinador da história do FC Porto. Os resultados estão à vista e, no que diz respeito à excelente marca defensiva, apenas o Olympiacos se aproxima - com seis golos sofridos nos mesmos 13 jogos -, sem que isso ofereça, à equipa grega, a liderança isolada no seu campeonato, que é repartida com o Panathinaikos de Jesualdo Ferreira. E por falar no professor, agora emigrado, importa recordar que, na última temporada, ao fim das mesmas 13 jornadas, os portistas tinham sofrido o dobro dos golos. Curiosamente, esta marca surge numa época em que as dúvidas iniciais sobre a equipa se concentravam na defesa, sobretudo depois da partida de Bruno Alves para a Rússia. André Villas-Boas resolveu o problema com a emancipação de Maicon, mas também por intermédio da capacidade para potenciar as características de Sapunaru, que tardava em se impor no Dragão.

Há mais um factor que ajuda a explicar este número, além das contingências normais dos próprios jogos: a nova forma de jogar do FC Porto. Agora, a equipa privilegia a posse de bola, ou seja, prefere defender com a bola nos pés - é uma exigência do treinador -, ao contrário do que acontecia num passado recente, em que a fórmula passava, sempre que a equipa se encontrava em vantagem no marcador, pelo recuo das linhas e por um jogo mais expectante. André Villas-Boas mudou o estilo, e os resultados estão aí. Afinal, a dúvida mantém-se: quem conseguirá parar este FC Porto?

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O FC Porto sofreu apenas cinco golos nos 13 jogos já disputados no campeonato. Olympiacos (6), Shakhtar (7), APOEL (7), Maccabi de Telavive (8) e Barcelona (8) são os clubes que se seguem na lista dos 20 campeonatos mais cotados da Europa.

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Na última temporada, por esta altura o FC Porto já tinha sofrido 10 golos no campeonato, o dobro dos actuais. No entanto, na época de 2007/08, Jesualdo Ferreira conseguiu chegar à 13ª jornada com apenas quatro golos sofridos.

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Dos cinco golos sofridos até ao momento, três foram marcados por equipas minhotas: Braga (2) e Guimarães (1). Leiria, de grande penalidade, e Sporting, em Alvalade, fecham o restrito lote de equipas que conseguiram marcar ao FC Porto.

A dupla de reserva

Fucile e Otamendi, dois mundialistas transformados em reserva moral dos quatro habituais titulares da defesa portista. O lateral e o central têm sido quase sempre primeira opção quando há indisponibilidade dos mais utilizados. Sereno e Emídio Rafael completam o lote de defesas no plantel.

Helton sofre um golo a cada três jogos

Helton é o guarda-redes menos batido dos 20 campeonatos mais importantes do ranking da UEFA, com cinco golos sofridos, e o Braga é a única equipa que foi capaz de marcar duas vezes ao FC Porto com o brasileiro a defender a baliza. O jogo, recorde-se, foi mesmo um dos mais emotivos da liga portuguesa e terminou com a vitória portista (3-2). Mas Helton e, por conseguinte, a defesa azul e branca estão a dar-se mal contra equipas do Minho esta temporada, porque o Guimarães também conseguiu marcar no empate do FC Porto no D. Afonso Henriques. Pelo meio, o Leiria também marcou, mas acabou goleado (5-1). Por fim, Helton sofreu o último dos cinco golos recentemente, em Alvalade, num clássico que terminou empatado (1-1).