Rolando e Guarín encaminham a eliminatória para os dragões. Resultado fabuloso, ao contrário de Fabiano
Competições europeias, segundo Platini, presidente da UEFA: Há jogos de Champions que podiam ser de Liga Europa (finalmente a competição está a aquecer), mas também há jogos de Liga Europa que podiam ser de Champions. Como o Sevilha-FC Porto de ontem, com ambiente na bancada, com tensão no relvado, à primeira vista com tudo menos a inspiração dos avançados, porque uns é como se lá não estivessem (Fabiano e Kanouté, deitem-se no divã!) e outros não estiveram mesmo (Falcao afinal não jogou, aliás, nem sequer se sentou no banco). De resto, os dragões voltaram para o Porto com a eliminatória bem encaminhada, graças a golos de Rolando e Guarín, defesa central e médio centro.
Vejamos: até o árbitro era de Champions. Craig Thomson, aquele senhor escocês que há uns tempos apitou o Ajax-Real Madrid e se viu embrulhado na encenação de Mourinho, quando o português lhe arrancou duas expulsões convenientes (Sergio Ramos e Xabi Alonso), também se baralhou desta vez, quando andou uns dois minutos a tentar perceber a quem mostrar um amarelo. A fava saiu a João Moutinho. E depois saiu ao Sevilha, porque o jogo serenou e o FC Porto surpreendeu com um lance na área que deu o tal golo de Rolando. Estava feito o 1-0 para os portistas, apesar de estes nem sempre estarem por cima dos acontecimentos, especialmente no final da primeira e no início da segunda parte. A perspectiva da vitória era fabulosa e Luís Fabiano, o fabuloso, ajudava à ideia - o brasileiro, que jogou no Dragão e se foi embora depois de apenas três golos em 27 jogos, parecia ter voltado aos tempos de nulidade.
O problema é que o Sevilha ainda tinha Kanouté, o tal que chegou a pagar 500 mil euros para manter uma mesquita aberta na cidade onde joga. Ontem, Kanouté tentou deixar em aberto a eliminatória, com o golo do empate. O treinador do Sevilha, Manzano, um professor formado em Psicologia e conhecido por tratar os traumas das suas equipas, deve ter suspeitado que o goleador estava de regresso da sua fase menos boa, mas logo depois perdeu a esperança quando viu o internacional do Mali perder uma oportunidade em cima da linha de golo. O que foi fabuloso para o FC Porto! Duplamente, porque Fabiano também teve a sua perdida (ou uma grande defesa de Helton).
A equipa de Villas-Boas, que começou de peito feito mas depois se foi afundando, não estava a ser muito mais do que um livre directo de Hulk. Mas atenção, estávamos em Sevilha e não é novidade que este clube está habituado a passar as passas do Algarve para acabar por ser bem--sucedido. No final, Guarín aproveitou uma insistência para fazer o 2-1. O resultado é enorme para os dragões. E a crise do Sevilha, agora, é muito maior do que isso.
in "ionline.pt"
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