Otamendi: De xerife lá atrás a pistoleiro na hora da decisão
Não entrou a meio da semana para defrontar Portugal (no particular da «equipa das quinas» com a Argentina) e terá sido por aí que lhe terá sobrado energia e solidez na Pedreira. Na defesa, foi sempre um xerife, cada vez mais dono do lugar e patrão da linha mais recuada. Na frente, foi um pistoleiro improvisado, mas determinante: num remate em jeito (à moda de craque) colocou o FC Porto em vantagem em cima do intervalo e aos 68 minutos voltou à acção, nova mente letal: aproveitou uma sobra na área para marcar o segundo dos dragões. Não restam dúvidas de que Otamendi foi o jogador mais decisivo em campo...E de que neste FC Porto é-o cada vez mais, a cada jogo que passa...
Hulk: Escorregadio até entrar no habitual modo «arcade»
O super-herói portista teve uma entrada escorregadia. A nítida desadaptação dos pitons ao relvado fez Hulk cair uma e outra vez. Mesmo assim, sem trocar de botas, o «Incrível» lá acabou por entrar em jogo (como sempre). E como se fosse a sua recriação num jogo da PlayStation, lá arrancou com a bola nos pés e atirou uma bomba à barra (na primeira grande oportunidade portista, aos 29¿). Quem mais remata assim? Muito poucos à escala planetária. Hulk é um jogador sempre em modo «arcade»: «shift» para correr, «quadrado» para rematar...
Fernando: Polvo com pernas para tudo
Uma, duas, três... Vinte (?) Perdemos a conta ao número de recuperações de bola que o médio brasileiro fez. Facto é que, entre intermitências exibicionais durante a época, desta vez Fernando esteve bem acima da média e dominou todo o sector defensivo da zona intermediária do F.C. Porto. O «polvo» teve pernas para tudo, até para chegar à frente e tentar a sua sorte, de quando em vez.
Belluschi: Samurai que chegou para os guerreiros
A batalha era dura frente aos Guerreiros do Minho, mas o samurai estava de regresso ao combate (após ter cumprido um jogo de castigo). Não, Belluschi não foi brilhante no jogo de ontem, mas sem dúvida foi importante nas transições ofensivas do meio-campo portista, onde teve preponderância até a defender. Na frente, quase que fazia o gosto ao pé, à passagem do minuto 40, quando um forte remate foi parado por Artur.
Artur: Eficaz até Otamendi aparecer
O menos mau nos arsenalistas que ontem pisaram o relvado. O guardião brasileiro defendeu o que podia: um par de remates de Hulk, outro de Belluschi, saídas com segurança aos cruzamentos, etc... O que já não se lhe pode exigir é que faça «manchas» com sucesso, quando Otamendi lhe aparece pela frente, isolado em plena área.
Kaká: Entrou para convencer
Um bom reforço de Inverno para os bracarenses, que teve a sua segunda oportunidade, substituindo bem Paulão (que saiu lesionado) no eixo da defesa. Não tem a maior dose de responsabilidade na aparente complacência da defensiva bracarense nos golos do F.C. Porto e até travou o remate de Varela no primeiro golo, sem conseguir evitar a recarga de Otamendi.
Miguel Garcia: Um buraco à direita
O alentejano é destaque, mas pela negativa. Pelas vezes que deixou Varela antecipar-se, pela falta de fôlego para ajudar no ataque, pelas limitações técnicas evidentes na hora de dominar a bola e sair a jogar, pela falta de clareza para perceber que não deve fazer falta quando o adversário está de costas para a baliza... Enfim, por não ter qualidade para ser dono do lugar de lateral-direito num aspirante a grande. Um ano depois da saída de João Pereira para o Sporting, não houve ninguém em Braga que percebesse o vazio que ficou do lado direito da defesa?
in "maisfutebol.iol.pt"
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