quinta-feira, 17 de março de 2011

Liga Europa: F.C. Porto-CSKA Moscovo, 2-1 (destaques)

Hulk, entrada «incrível»

Para grandes males, grandes remédios. Em Leiria terminou a série de oito jogos sem marcar. No jogo seguinte a entrada foi arrasadora. Golo no primeiro minuto, beneficiando de um lance sempre difícil para os guarda-redes, mas no qual deve colher mérito. A preocupação russa com as movimentações do brasileiro foi tão evidente que o CSKA chegou a colocar quatro (!) homens em cima do «Incrível».

Guarín, um herói sem cognome

A meio da semana, Guarín lançou o repto no seu «twitter»: quer ter uma alcunha! Ora, o momento actual do colombiano justifica que se pense no caso com carinho. «Bombardeiro» já não pega, pois este Guarín é muito mais que um potente pontapé. Terceiro jogo consecutivo a marcar para um jogador a quem o rótulo de surpresa já começa a ser gasto. Se há coisa que o médio tem mostrado é consistência quando é chamado. Como nunca, sublinhe-se. Para já é «só Guarín». Não deve ser por muito tempo.

Fernando, dominador

Se Guarín procura alcunha, Fernando tem uma que lhe assenta como uma luva. É impressionante o número de recuperações de bola conseguidas pelo «polvo». Tentáculos afinados num jogo em que, no miolo, foi todo dele. O CSKA nunca conseguiu funcionar pelo meio, desviando o jogo pelos flancos. A explicação passa, em grande parte, pelo brasileiro.

Otamendi, líder nato

Não é «polvo», mas também se fartou de ganhar bolas. Numa defesa que, de quando em vez, pareceu algo desconcentrada, Otamendi foi a face mais acertada. Ganhou vários duelos, muitos deles de cabeça (ele que nem é alto) e deu a segurança que a equipa precisava. Mesmo depois do golo sofrido, não tremeu e continuou a comandar, naquele seu estilo inquieto e mandão, que tanto agrada a Villas-Boas.

Belluschi, um mago a equilibrar

O destaque tem de começar por Villas-Boas que o lançou para equilibrar o jogo do F.C. Porto. Mas após o arranque, o mérito é do argentino que pode não ter o poder físico de Guarín, mas não é por isso que luta menos. Defende hoje muito mais do que quando chegou ao Porto. Provavelmente mais do que em toda a carreira. Entrou muito bem no jogo, empurrou a equipa para a frente e apenas um ou outro desacerto no passe condicionam o refresco que foi para o futebol portista. 

Tosic: perigo constante

Sem dúvida o jogador mais perigoso do CSKA! Na antevisão do encontro, Fucile garantiu que segurava Honda, Kawasaki e Mistsubishi, se fosse preciso. Mas, e Tosic? O nome não permite nenhum trocadilho forçado, mas o sérvio mostrou tem o motor mais potente do onze russo. Um esquerdino à direita, com pé afinado e muita vontade. Aos 23 anos, depois de ter falhado no Manchester United, continua a prometer muito. A vida costuma dar segundas oportunidades a quem as procura. Pelo que fez no Dragão, Tosic está a habilitar-se. 


in "maisfutebol.iol.pt"

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