sábado, 30 de abril de 2011

Hugo Laurentino: "Ainda não ganhámos nada"

São factos excepcionais que marcam a actualidade de Hugo Laurentino. A nível individual, o guarda-redes de andebol do FC Porto tem realizado exibições inesquecíveis, alicerces para duas proezas do clube: uma goleada ao Benfica e a perspectiva do tri no campeonato.

Sobre o desempenho na última jornada, que se traduziu em invulgares 61% de eficiência, o guarda-redes recordou. "Foi a primeira vez que consegui atingir este número. Não posso dizer que foi a melhor exibição de sempre, mas uma das melhores. Foi importante, por ser com um dos principais rivais e um passo para sermos campeões". Quanto ao resultado, que acabou com uma diferença de 10 golos, considera-o "enganador": "É histórico. O nosso treinador diz que temos qualidade para vencermos qualquer equipa em Portugal por 10 golos, mas houve momentos em que o jogo foi muito equilibrado."

Foi, mesmo assim, um passo sólido para a conquista do tri, acabando por ter um significado que vai além do andebol: "Para quem, como eu, que sente que a carreira está a começar, seria formidável, e também para contribuir para que o FC Porto possa ganhar tudo, além do futebol, também no basquetebol e no hóquei." Curiosa é a forma como os atletas das três modalidades de pavilhão do clube se apoiam: "Convivemos todos diariamente e até nos motivamos".
Agora segue-se o Sporting e a receita não tem novidades: "Vamos entrar como contra o Benfica. Ainda não ganhámos nada, só temos uma boa vantagem."

Laurentino faz uma ponte entre o passado e o presente do clube: "Fui terceiro guarda-redes quando cheguei. Era uma equipa de luxo, com o Carlos Resende, o Carlos Ferreira e o Eduardo Filipe. Em termos individuais, foi a melhor equipa que passou pelo andebol português. O nosso tipo de jogo é diferente. Muito rápido, muito contra-ataque. Passámos os 60 minutos a correr. É um jogo moderno."

Hugo Laurentino tem agora um novo parceiro de baliza, Alfredo Quintana. A concorrência aumentou com este cubano. "Não consigo manter a mesma forma de início a fim. Precisamos de ter um colega, não é um suplente, que entre quando eu não estiver bem. Uma equipa que luta pelo título tem que ter qualidade em vários jogadores para cada posição."

A asma desviou-o do desporto do pai

Hugo Laurentino aterrou no andebol por imperativos clínicos. Estava fadado para fazer uma carreira no futebol (como sucede com o seu irmão), até porque o pai, na altura, era treinador do Juventude de Évora. Um médico traçou-lhe o destino quando recomendou que, por sofrer de asma, era aconselhável fazer desporto em recinto fechado. Aos nove anos optou pelo andebol e, é ele que o diz, foi "logo para a baliza". Deu nas vistas e, há nove anos, o FC Porto trouxe-o para o Norte. Foi terceiro guarda-redes, esteve emprestado dois anos, ao Vitória de Setúbal, para, no final de um processo bem-sucedido, no qual teve de fazer opções, apostando no andebol a 100% a partir do momento em que Carlos Resende lhe deu a titularidade - deixando um curso de fisioterapia a meio -, se tornar o guardião de uma equipa que tem o tri debaixo de mira.

in "ojogo.pt"

1 comentário:

Dragus Invictus disse...

Amanhã todos ao Dragãozinho! Temos de vencer o sporting.

Rumo ao tri:)

Abraço

Paulo

P.S às 14h30 temos o basquetebol:)