Treinador repete mensagem e evita colagem a Mourinho
O sucesso do F.C. Porto, como jovem André Villas-Boas ao leme, desperta a curiosidade internacional. A cada compromisso europeu, as mesmas questões, a tentativa de colagem a José Mourinho e questões sobre o futuro próximo do treinador portista.
Numa conversa descontraída, procurando satisfazer a curiosidade da imprensa russa, o treinador respondeu ainda a uma questão curiosa. Afinal, como é que os jogadores, alguns com a mesma idade, o tratam? Por tu? «Não, não. São profissionais e tratam-me por mister. Sabem o lugar de cada um. O treinador é sempre quem decide, bem ou mal. Houve sempre respeito, isso nunca foi colocado em causa.»
André Villas-Boas não se mostra incomodado com o assédio de outros emblemas europeus. «Estou muito feliz aqui, é o clube do meu coração, não sei o futuro. É indiferente para mim ser o novo (ndr. Mourinho) ou o velho. É igual», disse, acrescentando: «Passam sobretudo por especulação naturais, isso dá-me perfeitamente igual. Relativamente ao sucesso, não é meu, é de todos.»
Nesta quarta-feira, os jornalistas russos quiseram saber se Villas-Boas era o novo Mourinho. O técnico, uma vez mais, evitou as comparações. «Já falei várias vezes, já partilhei que não quero ficar muito tempo no futebol, quero ficar 10 ou 12 anos intensos e sair. Gostaria de experimentar campeonatos variados», lembrou. Em conversas anteriores, falou de países como a Argentina, o Chile e o Japão.
André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, falou nesta quarta-feira sobre a recepção ao Spartak de Moscovo, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Em conferência de imprensa realizada no Estádio do Dragão, o jovem técnico recordou a última conquista da extinta Taça UEFA.
«As nossas obrigações não mudaram por termos vencido o campeonato. Podemos concentrar-nos nesta prova de forma mais agressiva, o factor motivacional conta muito. Não há mensagem nova, todas as equipas sonham com a final, têm esse desejo legítimo. Faltam quatro jogos para a final e todos querem lá chegar», concluiu Villas-Boas.
Os dragões surgem entre os principais favoritos à conquista do troféu. Nada que altere a posição do treinador. «É-me completamente indiferente. Já caíram grandes equipas nesta competição, de favoritos passaram a eliminados. Não serve de nada fazer previsões. O mais importante é chegar à final e ganhá-la», lembrou.
O discurso denuncia a estratégia. Villas-Boas quer motivar os jogadores com as recordações da histórica caminhada até Sevilha. Aliás, uma cidade por onde os dragões já passaram, esta época: «Quem ganha uma vez, quer ganhar mais. Vamos viver o título de forma especial, pelo lugar onde foi conquistado. Agora, queremos repetir a história de 2002/03, passo a passo. A sede de ganhar está presente nestes jogadores.»
O F.C. Porto vai jogar primeiro em casa, ao contrário do verificado nos compromissos anteriores da Liga Europa. «Debatemos esse tema, há uma cultura do F.C. Porto na Taça UEFA e na Liga dos Campeões, vamos servir-nos dessa experiência, desses exemplos, de resolver a eliminatória nos jogos fora. O nosso registo fora de casa é superior ao registo em casa», recordou.
in "maisfutebol.iol.pt"
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