O presidente do FC Porto, despercebido e confiante no centro de Dublin. "Só perdemos a Taça das Taças", disse ontem ao i
Quando o Temple Bar esteve para ser demolido, na década de 80, Pinto da Costa iniciava-se como presidente do FC Porto. O município de Dublin recusou então uma proposta de uma companhia de transportes, que tinha como objectivo demolir aquela zona degradada e ligada ao submundo da toxicodependência, e iniciou um projecto de recuperação capaz de torná-la numa das atracções principais da cidade, a borbulhar de restaurantes, música e cultura. Hoje, o FC Porto também borbulha de títulos. Mais ou menos na mesma altura em que o Temple Bar começou a ganhar outra cara, o clube de Pinto da Costa também iniciou a sua plástica e atingiu logo a sua primeira final europeia (1984, derrota na Taça das Taças contra a Juventus), num total de cinco com a que hoje se disputa contra o Sporting de Braga. Onde? Precisamente em Dublin, na cidade do Temple Bar, o local em que damos de cara com o presidente dos dragões, completamente despercebido, logo depois de almoçar na companhia de outros dois elementos portistas.
Boa tarde presidente. Tem algum ritual em véspera de finais europeias? Afinal já são cinco.
Não, nada de especial.
E a equipa? Está confiante?
Sim, claro.
Diga-nos lá, nestas finais todas onde é que comeu melhor?
Ah, em Sevilha! Em Sevilha há sempre uma paelha, uma tortilha...
Esqueça o Pinto da Costa rodeado de jornalistas ou de atenções, aquele personagem que atira directas e indirectas ao Benfica sempre na defesa do FC Porto: a última foi sobre a mão de Vata, no célebre Benfica-Marselha, para lembrar que os portistas não precisam de irregularidades para atingir finais europeias. Aqui o homem passa como gente normal. "Quer um retrato? Tudo bem, claro, mas sem pose", diz ao nosso fotógrafo, Pedro Azevedo. Depois, Pinto da Costa até acede enquadrar-se segundo a sugestão. E de seguida lá nos despedimos.
Entretanto passa um adepto portista que finalmente o reconhece, há mais uma foto, mas o líder azul e branco acaba por diluir-se como qualquer um por entre o mar de gente que circula no Temple Bar, à procura de uma pint ou de um fish and chips. Lá está, bebe-se boa cerveja, mas come-se bem melhor em Sevilha.
Nessa final da Taça UEFA, ainda com Mourinho (2003, vitória sobre o Celtic de Glasgow), o FC Porto ganhou embalagem para a Liga dos Campeões conquistada no ano seguinte (triunfo sobre o Mónaco) em Gelsenkirchen, na Alemanha. Antes disso, claro, Pinto da Costa já tinha ido provar a gastronomia de Viena (primeira Taça dos Campeões, em 1987, contra o Bayern) e a de Basileia, na tal derrota contra a Juventus, a única que lhe caiu mal. Isto para dizer que o FC Porto raramente perde finais, daí mais uma razão para o favoritismo atribuído à equipa de Villas-Boas no confronto com o Braga. A história faz por notar-se.
o senhor dos 51 títulos Quem já não se nota de vez é Pinto da Costa. A saída do Temple Bar está uma confusão, a polícia multiplica-se por todo o lado, algumas pessoas são revistadas e o acesso à artéria principal, a O''Connell Street, é cortado porque falta apenas uma hora para a chegada da rainha Isabel II, que ontem iniciou a sua histórica visita à República da Irlanda.
Há milhares de pessoas na rua e Pinto da Costa é só mais um. Perdão. Mais um presidente de um clube de futebol que desde 1982 (23 de Abril, para ser mais preciso) ganhou 51 títulos, contabilizando tudo o que vai para além das competições europeias.
in "ionline.pt"
1 comentário:
......sem duvida o maior......carago!!!!!!!!!!!!!!!
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