"Os números são arrasadores. É mais uma vitória à Porto", destacou Angelino Ferreira, administrador e representante da SAD portista, juntamente com Adelino Caldeira, na apresentação dos resultados da Oferta Pública de Subscrição de valores da FC Porto SAD. Apesar da crise financeira que o país atravessa, a operação foi um tremendo sucesso, batendo recordes de procura e do valor de rateio (0,9%) e tendo uma procura válida de cerca 19 milhões de obrigações, um valor quase dez vezes superior à oferta (dois milhões de obrigações) a que corresponderiam 100 milhões de euros. Foram 2954 os investidores que adquiriram valores imobiliários, a grande maioria portugueses - apenas 62 investidores estrangeiros. "Estes resultados são mais uma etapa num processo evolutivo e provam que, neste momento, o FC Porto é a marca com maior expansão em termos nacionais e internacionais. Num ano em que a equipa bateu todos os recordes, este é mais um", sublinhou Angelino Ferreira.
Os números desta operação foram apresentados ontem na Euronext, em Lisboa, curiosamente no dia em que se cumpriu o 13º aniversário da cotação do FC Porto em bolsa. Durante esse período, o clube já ganhou 28 troféus e alcançou um encaixe total na ordem dos 200 milhões de euros.
Esta emissão decorreu durante o mês de Maio, altura em que os dragões venceram a Liga Europa e a Taça de Portugal. Segundo o dirigente portista, o êxito desportivo esta época foi um factor determinante para a procura desencadeada no mercado. "Claro que, no FC Porto, o sucesso financeiro está sempre ligado ao sucesso desportivo", frisou.
O presidente da Euronext Lisboa, Luís Laginha da Silva, felicitou os administradores pelos resultados obtidos nesta oferta pública, referindo que o clube "tem utilizado o mercado para se valorizar e reforçar o seu desenvolvimento". "Esta operação foi o quinto troféu conquistado pelo FC Porto esta época", disse, apontando para outros quatro troféus que estiveram em exposição durante a apresentação.
"Temos um projecto responsável"
Em entrevista na última segunda-feira à TVI, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, desafiou a Polícia Judiciária a "criar uma brigada para investigar de alto a baixo os dois primeiros classificados do futebol português". Confrontado com elas, Angelino Ferreira achou que o momento não era apropriado para comentá-las. "Como estamos na Bolsa, uma casa em que se cultiva a seriedade, o rigor e a transparência, esse tipo de declarações não merecem comentários", considerou, ressalvando ainda que "o FC Porto tem um projecto desportivo responsável". "A mim nunca ninguém me ouviu nem jamais ouvirá, a comentar contas de outros clubes", frisou.
Sobre o que distingue o clube dos rivais, também cotados em bolsa, Angelino Ferreira lembrou dois elementos de referência: a liderança fortíssima de Pinto da Costa - ausente deste evento por razões pessoais - e o sucesso desportivo. Refira-se que amanhã inicia-se a admissão à negociação em mercado regulamentado das obrigações.
in "ojogo.pt"
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