A lei do mais forte imperou e o FC Porto segue em frente na Taça com uma vitória gorda construída sem precisar de carregar no acelerador. Walter assinou um póquer, dando mais um sinal para o banco de que é uma boa alternativa a Kléber, ainda a recuperar de um problema no ombro. E quarta-feira volta a Liga dos Campeões, mas o Bigorna não está inscrito…
O Pêro Pinheiro resistiu meia hora, período em que procurou trocar a bola, mas, feitas as contas, chegou ao fim sem efectuar um único remate na direcção dos postes. A história do jogo cruza-se inevitavelmente com Iturbe, em quem estavam concentradas as atenções na estreia em solo nacional do reforço que mais expectativa criou nos adeptos portistas. O miúdo do corte de cabelo exuberante e das botas amarelas estranhou a dureza e a temperatura elevada do relvado, demorando meia hora para aparecer. Foi mais ou menos o que o que o FC Porto teve de esperar para o erro fatal do Pêro Pinheiro. Ironia do destino: o erro saiu dos pés de Rui Janota, o filho do treinador e neto do presidente do clube, uma traição que o povo da capital do mármore certamente saberá perdoar. Um passe mal medido permitiu uma transição rápida para Defour abrir as hostilidades. Começava aqui a goleada que só acabou nos descontos, quando Walter fez o 8-0.
Foi após esse primeiro golo que apareceu Iturbe em jogo. Em cerca de 15 minutos, o pé esquerdo do mini-Messi mostrou-se, finalmente, em território nacional, deixando boas indicações para o que aí vem. Os terceiro e quarto golos, assinados por Walter e Djalma, nasceram de lances semelhantes em que Iturbe procurou zonas centrais do terreno e abriu a defesa contrária. Antes de Walter fazer o quinto - nos descontos da primeira parte -, Iturbe disputou um lance no meio-campo e caiu mal, apoiando o cotovelo esquerdo no tapete artificial. Não recuperou das dores e ficou no balneário, deixando água na boca aos adeptos portistas e poucos motivos de interesse numa partida que estava mais do que resolvida.
Sobrou Alex Sandro entre as estreias no Dragão, num onze sem surpresas que permitiu poupar os internacionais para o jogo com o APOEL e dar minutos a quem tem reclamado por isso. O lateral-esquerdo esteve bem, sobretudo a atacar, não tendo sido colocado à prova nas zonas mais recuadas do terreno. Essa avaliação terá de ficar para outra altura. O FC Porto voltou a entrar lento, mas as pernas dos jogadores do Pêro Pinheiro por essa altura davam sinais de fraqueza e só foi preciso aproveitar as crateras na defesa da casa para engordar o marcador… da equipa e da conta pessoal de Walter, que assinou metade da produção. Varela também facturou e Djalma teve tempo para bisar.
Após o 7-0, o Pêro Pinheiro deu, finalmente, um ar da sua graça, conquistando três cantos seguidos, mas sem aquecer uma única vez as luvas de Bracali e, depois, de Kadú. Os números finais são pesados para o brio e entrega dos donos da casa, mas não o suficiente para manchar um dia histórico, o dia em que o campeão nacional e vencedor da Liga Europa visitou a terra e o estádio rebentou pelas costuras. Houve festa da Taça, sim senhor, mas sem espaço para surpresas porque o dragão mostrou que está muito empenhado
in "ojogo.pt"
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