segunda-feira, 31 de outubro de 2011

James na revolta do banco

João Moutinho não deve ser um caso isolado em novo volte-face no onze do FC Porto. É certo o regresso de Kléber à equipa inicial (é uma equação simples, aliás, dada a indisponibilidade de Walter), mas James Rodríguez também é um fortíssimo candidato à titularidade, à imagem do que tem acontecido ao longo da prova europeia. Apesar do voluntarismo de Varela, o somatório das suas actuações contra Nacional e Paços de Ferreira não lhe garante continuidade na Champions, onde é natural que Vítor Pereira reforce a aposta no seu tridente ofensivo de eleição, que contempla Hulk, James e Kléber.
Será o regresso à primeira forma para um jogo decisivo e no qual o FC Porto quer assumir as rédeas. Os dragões perderam em São Petersburgo e empataram em casa com o mesmo APOEL, pendendo agora sobre a equipa a ameaça de um terceiro jogo consecutivo sem ganhar na Europa, algo que não acontece desde 2008/09, quando, já na fase a eliminar, o conjunto de Jesualdo Ferreira somou dois empates com sabor a qualificação (Atlético de Madrid) para depois empatar em Old Trafford e ser eliminado em casa pelo Manchester United.
O FC Porto precisa de golos e entrega a tarefa a quem melhor a tem desempenhado esta temporada. James assistiu contra o Shakhtar (no 2-1, marcado por Kléber) e abriu o marcador contra o Zenit, partida que deixou ao intervalo por força da expulsão de Fucile, momento de viragem no jogo e, acrescente-se, nesta caminhada europeia.
Depois de dois jogos que revelaram a inquietação de Vítor Pereira face ao rendimento de alguns jogadores, procurando o técnico dar um cunho próprio ao onze, Moutinho e James reclamaram, com uma entrada revolucionária frente ao Paços de Ferreira, um regresso às primeiras opções. Até neste contexto sai vincado o nome de Mangala como face visível do FC Porto de Vítor Pereira, mas o treinador já conseguiu, com as últimas opções, demonstrar que a sua margem de manobra não se esgota no onze-tipo de Villas-Boas.


Juan Iturbe precisa de ter paciência

James sabe o que custa esperar por uma convocatória e deixou um conselho ao colega Iturbe, jovem contratado esta época e que ainda só teve uma oportunidade para jogar. "Na Argentina eu jogava sempre e vir para aqui e ficar de fora durante quase cinco meses foi duro. O Iturbe é um bom jogador, tem que ficar tranquilo e esperar", disse à revista Dragões. O ex-Cerro, que se lesionou no cotovelo contra o Pêro Pinheiro e, no seguimento, teve mesmo de ser operado, iniciou ontem uma nova etapa no seu processo de recuperação, conforme informou através da sua conta no Twitter. "Comecei a minha recuperação e dói-me o corpo todo depois de duas semanas parado", escreveu, confirmando uma evolução que o próprio boletim clínico denuncia, descrevendo que desenvolveu treino condicionado. O regresso foi doloroso - "Ainda me custa correr" -, mas Iturbe valoriza o novo passo...

Regresso a Nicósia com foco em Hulk

Pinto da Costa falhou, por motivo de doença do filho, a última viagem europeia, mas ontem já liderou a comitiva, que aterrou em Larnaca à noite e daí seguiu para Nicósia. Hulk foi o jogador mais saudado no regresso de Fucile às opções. A comitiva chegou com noite já cerrada ao aeroporto de Larnaca, depois de uma viagem de mais de quatro horas. Hoje, ao final da tarde, há treino de adaptação ao GSP Stadium.

Fucile está de regresso quase um mês depois

A convocatória de Vítor Pereira para a partida em Chipre não encerra grandes novidades, abdicando o treinador de Walter (não está inscrito) e Maicon para acrescentar Fucile e Otamendi aos eleitos. Nota para o regresso do uruguaio, que não joga pelo FC Porto desde 2 de Outubro (vitória em Coimbra, depois do célebre jogo em São Petersburgo), tendo perdido espaço para Sapunaru enquanto recuperava de lesão. O romeno tem tido alguns jogos mais críticos, faltando avaliar até que ponto Fucile pode saltar de imediato para a titularidade. Destaque também para o "desaparecimento" de Cristian Rodríguez, que ainda jogou 26 minutos contra o Pêro Pinheiro, mas deixou de figurar nas convocatórias desde então. O Cebola, em final de contrato, não entra nas contas dos portistas, que parecem resignados a um desfecho pouco auspicioso para um dos seus reforços mais sonantes (e caros) dos últimos anos.

in "ojogo.pt"

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