sábado, 19 de novembro de 2011

Palito sem descanso risca Alex Sandro

Álvaro Pereira vai manter-se do lado esquerdo da defesa, mesmo depois de duas semanas arredado dos trabalhos, com viagem desgastante ao Uruguai e dois jogos disputados contra Chile e Itália. Pelo menos, é essa a ideia que transpira da lista de convocados, onde não consta o nome de Alex Sandro, apontado ao onze ao longo da semana, um mês depois de se ter estreado contra o Pêro Pinheiro.
O brasileiro, convocado para a sua selecção e com grande exibição contra o Egipto, vai ter de continuar a aguardar, porque o momento não permite alterações significativas na equipa títular, uma vez que à entrada para um ciclo decisivo, impõe-se que a equipa não perca ritmo e estabilidade. Apesar de ter custado 9,6 milhões de euros, o jovem tarda em impor-se. A exclusão desta convocatória, refira-se, é apenas por opção de Vítor Pereira.
No que diz respeito ao resto da equipa, Bracali tem lugar certo na baliza, mas entre os jogadores de campo há algumas dúvidas. Rolando, Fernando, Belluschi e Hulk devem ter lugar assegurado. Depois, Defour, Varela e Walter são candidatos a ocupar os lugares em falta, a julgar pelo facto de terem tido semanas mais calmas do ponto de vista competitivo do que João Moutinho, James e Kléber. Na luta pelo único lugar do eixo do ataque, o Bigorna tem um historial que lhe confere vantagem em relação ao ex-Marítimo: já marcou em Coimbra esta época e leva nove golos em cinco jogos de Taça. Mas tudo são cenários hipotéticos, até porque o treinador não testou qualquer onze durante a semana...



Simões

"Gostava que ganhassem os dois"

O FC Porto tem sido um convidado extremamente inconveniente para a Académica. Sempre que visita Coimbra, nunca sai com uma derrota. Nas últimas quatro décadas, tem sido essa a tendência nos confrontos históricos, porém, que não se circunscreve ao escalão primodivisionário. Para a Taça de Portugal, o actual campeão nacional também já visitou o Calhabé e de lá saiu com o apuramento para a fase seguinte da competição, graças a um tento solitário de Rui Águas. Foi a 10 de Janeiro de 1989, numa altura em que os estudantes, militavam na II Divisão, e eram orientados por Henrique Calisto; enquanto do lado contrário era Artur Jorge quem comandava as tropas azuis.
Um dos centrais da Académica, que actuou na partida em questão, foi [Carlos] Simões. Um jogador que, curiosamente, fez grande parte do trajecto como futebolista na Académica e no... FC Porto (representou também o Sporting e o Portimonense). "Demos boa réplica nesse dia", recorda, "apesar das grandes diferenças" que havia entre as duas equipas. "Foi um jogo bem disputado, mas defrontar o FC Porto foi sempre muito complicado para a Académica. Julgo até que o FC Porto sempre que vinha a Coimbra ganhava, e ganhou durante muitos anos", contou a O JOGO.
Ora, o jogo de amanhã à noite mexe com os sentimentos de Simões, como o próprio reconhece. "Nasci em Coimbra, sou um academista ferrenho e também sou portista. São os dois clubes da minha infância, que me deram a oportunidade de ser o profissional que fui e ajudaram-me a crescer como homem", assume. Por isso não é de espantar que o também antigo treinador de futebol tenha para hoje um desejo impossível de se concretizar: "Gostava que ganhassem os dois". O ex-central é taxativo quanto ao "favoritismo" que o FC Porto tem - "naquela casa só se querem vitórias", disse a propósito -, mas também não tem dúvidas de que a Taça de Portugal costuma "ser fértil em surpresas", antevendo, por isso, uma partida diferente da do campeonato, na qual os portistas venceram por 0-3.
Simões vê na Académica "uma equipa difícil para os adversários", que "está bem estruturada" e que "conhece muito bem os seus princípios". "Joga muito unida, com os sectores muito próximos, mas parece ser um pouco inexperiente, pois, em momentos cruciais, tem sofrido golos por alguma falta de maturidade", constata, mas nada que o tempo não corrija, conforme frisa.
Do outro lado da barricada sublinha que o FC Porto "não tem tido a mesma dinâmica do passado", mas, embora "os jogos não sejam iguais", entende que tudo dependerá como a formação da Invicta abordar o desafio.


in "ojogo.pt"

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