A nova "dinâmica ofensiva", expressão usada por Vítor Pereira para explicar uma abordagem diferente à baliza do adversário, revela um FC Porto que precisa de produzir mais para chegar ao golo. O jogo com o Marítimo mais não fez do que comprovar isso de uma forma bastante evidente. Os 33 remates disparados fizeram desse encontro o mais exigente para chegar ao golo, obrigando Vítor Pereira a espremer o seu ataque até à última gota e a usar de todos os recursos ao seu alcance no banco para somar mais três pontos.
Contas feitas até à 13ª jornada, o FC Porto é a equipa mais rematadora do campeonato com 266 disparos que se traduzem numa média de mais de 22 remates por jogo. Os campeões nacionais materializaram em golos 12 por cento desses 266 remates e somam 32 golos até ao momento na Liga portuguesa.
Com tantas tentativas para alvejar a baliza adversária é fácil perceber porque é que os adeptos azuis e brancos também sofrem mais esta temporada. Mas, quando comparados os números actuais com o rendimento da temporada passada, por esta altura, percebe-se que mudaram pouco mais do que os processos - ou a tal dinâmica ofensiva - para alcançar os mesmos fins. Com André Villas-Boas, a equipa precisava de rematar menos para marcar (18 vezes, em média), mas o rendimento era praticamente igual, ou seja, os golos valiam os mesmos 12 por cento dos 233 remates efectuados à 13ª jornada.
Outra constatação é que mesmo sem o tal ponta-de-lança à altura de Falcao, Vítor Pereira está a conseguir dar a volta à situação, desde que optou por mudar o figurino ofensivo. As exibições não só melhoraram, como o rendimento da equipa surge a um nível semelhante ao da temporada passada.
in "ojogo.pt"
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